Baixas temperaturas podem aumentar em até 30% o risco de infarto e AVC

Com a chegada do inverno, aumenta-se a preocupação com doenças respiratórias - comuns nesta época do ano. Mas a estação requer atenção a outras condições. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, a queda de temperatura, característica do inverno, faz aumentar em 30% o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Entre as pessoas idosas, o índice pode aumentar ainda mais. Hipertensos, pessoas com diabetes, obesidade e fumantes também estão entre os que sofrem maior risco e precisam de cuidados redobrados no inverno. 

Segundo Cláudio Catharina, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assim como da Sociedade Europeia de Cardiologia, doenças cardiovasculares, como infarto, angina, AVC e insuficiência cardíaca, aumentam no inverno, pois é uma época de mais exigência do sistema cardiovascular. “Isso acontece em função de uma vasoconstrição, que é o estreitamento das veias com o objetivo de manter o aquecimento do corpo”, explica o médico. 

O médico explica que não é o frio em si que causa o problema cardiovascular, porém é um fator de risco para aqueles pacientes com doenças crônicas e com predisposição a problemas cardíacos. Por isso, é essencial manter uma rotina saudável e alguns cuidados. “Um paciente que sofre de diabetes ou colesterol alto, por exemplo, precisa continuar com sua alimentação saudável e com a prática da atividade física. Outras dicas para cuidar do coração durante o inverno é se vacinar para gripe e pneumonia, cuidar da pressão e da dieta”, alerta Cláudio.