A cozinha terapêutica é a relação emocional de alguém com a comida e com o preparo das refeições. Fazer seu próprio alimento pode ser transformador em vários sentidos: "Ao cozinhar, você sabe exatamente o que está consumindo, qual foi o modo de preparo e todos os ingredientes que estão entrando em seu organismo", destaca Liz Galvão, nutricionista parceira da Verde Campo.





Esse ritual pode ampliar a qualidade de vida, melhorar a saúde, o humor e a disposição: "Além disso, preparar o cardápio em casa ajuda a economizar dinheiro e criar laços afetivos com a comida e com seus convidados, ampliando as oportunidades de socialização com as pessoas que amamos", lembra a nutricionista.

Além disso, destaca Liz Galvão, preparar a própria comida estimula a redução das calorias consumidas, já que quem cozinha pode fazer as porções em quantidades exatas. Há estudos que mostram, ainda, que comer em casa reduz o consumo de carboidratos e gorduras, resultando em refeições mais saudáveis e nutritivas e evitando doenças.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estar saudável é um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidade: "Por muito tempo, as pessoas enxergavam a nutrição como uma ciência que só deveria ser aplicada quando já existia uma doença. Mas é exatamente ao contrário: a nutrição, junto com a culinária, deve ser utilizada de forma preventiva. É essencial priorizar uma alimentação saudável, não só para combater uma doença, mas principalmente para prevenir que ela ocorra", explica diz Liz Galvão.




Nutrientes são combustíveis

A nutricionista avisa que os alimentos naturais e nutrientes são os combustíveis e as marcas que prezam por esse conceito e podem ser aliadas da indústria alimentícia têm papel importante na conservação dos alimentos, "mas a quantidade de produtos na atualidade, ricos em conservantes, corantes, adoçantes, estabilizantes, todos artificiais, além de muito açúcar, sódio, gorduras hidrogenadas que não oferecem nenhum benefício à saúde, é significativa", lembra Liz Galvão.

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Por isso é importante, alerta a nutricionista, optar por marcas conscientes, que priorizam processos produtivos de qualidade e que tenham matérias-primas de origem natural: "Hoje, podemos optar também por coisas práticas, mas com boa procedência e ingredientes saudáveis". 

Cozinha terapêutica: momento de cura 

A cozinha terapêutica é sobre isso: um resgate de algo essencial à humanidade, que é preparar sua própria comida, com ingredientes e produtos bem pensados: "Esse, sem dúvida, foi um dos hábitos que as pessoas valorizaram durante o longo período de isolamento (pandemia da COVID-19), o que abriu os olhos de muitas pessoas sobre cuidar da saúde e ressignificar o viver: "Todo mundo ficou em casa e precisou em algum momento cozinhar, ser criativo, se relacionar mais com a família, desacelerar e pensar em escolhas mais certeiras", lembra a nutricionista.

Liz Galvão enfatiza que o ato de cozinhar pode trazer mais saúde, controlar o estresse, a ansiedade e ainda se tornar uma forma de realmente "usar a atividade como um momento de cura, focando no presente e esquecendo um pouco os problemas do dia a dia. Além de explorar a criatividade, novas ideias e combinações. É a união do amor com o sabor e essa receita não pode dar errado". 

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