A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, no início deste mês, os resultados da avaliação de perigo e risco do aspartame. O estudo, realizado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, classificou o ingrediente, um dos adoçantes mais comuns do mundo, como potencialmente cancerígeno.
A presença de alimentos potencialmente cancerígenos não significa que os consumir levará imediatamente ao desenvolvimento da doença. O risco de câncer está associado a diversos fatores, incluindo predisposição genética, estilo de vida, ambiente e exposição a agentes carcinogênicos. Entretanto, alimentos embutidos, como salsicha e presunto; alimentos açucarados, como refrigerantes; além de bebidas alcoólicas, podem aumentar as chances de desenvolver a doença.
Hábitos cancerígenos
De acordo com Silvia Carvalho, nutricionista do Hospital Cetus Oncologia, outro ponto importante para se observar é o processo de cozimento dos alimentos, que pode influenciar seu potencial cancerígeno. “Ao assar ou grelhar os alimentos, no ponto de criar crostas queimadas, principalmente nas carnes, pode-se formar acroleína, uma substância química extremamente prejudicial à saúde dos seres humanos”, explica. Além disso, a reutilização de óleos para fritura também aumenta a formação da acroleína.
Ainda segundo a especialista, os aditivos químicos são compostos usados para intensificar ou modificar propriedades nos alimentos, como melhorar sabor e dar textura. No entanto, essas substâncias podem aumentar o risco de câncer, promovendo erros no processo de multiplicação das células.
“Uma dieta diversificada com frutas, verduras e legumes rica em vitaminas, minerais e fibras contribui para um bom funcionamento do intestino e contém compostos antioxidantes que são protetores do nosso organismo. Além de necessários para diminuir a probabilidade de desenvolver câncer”, afirma Silvia.
“Uma dieta diversificada com frutas, verduras e legumes rica em vitaminas, minerais e fibras contribui para um bom funcionamento do intestino e contém compostos antioxidantes que são protetores do nosso organismo. Além de necessários para diminuir a probabilidade de desenvolver câncer”, afirma Silvia.
Carcinogênicos mais comuns
De acordo com a oncologista Daiana Ferraz, os alimentos potencialmente cancerígenos mais comuns são as carnes processadas, como salsichas e bacon, além de defumados; alimentos ricos em gorduras saturadas; ricos em açúcar refinado; e aqueles contaminados com aflatoxinas, substância produzida por fungos.
Alimentos como esses estão frequentemente relacionados com tipos como o câncer colo-retal, câncer de estômago, câncer de esôfago e câncer de mama. Além disso, outros fatores de risco podem influenciar no desenvolvimento de um câncer, como histórico familiar, tabagismo, exposição a agentes carcinogênicos ambientais, obesidade, falta de atividade física e consumo excessivo de álcool.
Alimentos como esses estão frequentemente relacionados com tipos como o câncer colo-retal, câncer de estômago, câncer de esôfago e câncer de mama. Além disso, outros fatores de risco podem influenciar no desenvolvimento de um câncer, como histórico familiar, tabagismo, exposição a agentes carcinogênicos ambientais, obesidade, falta de atividade física e consumo excessivo de álcool.
A nutricionista Silvia Carvalho recomenda que o ideal é sempre ingerir alimentos orgânicos ou os da estação, pois contém menor quantidade de agrotóxicos. Além disso, todas frutas, verduras e legumes devem ser higienizados antes do preparo e consumo. A especialista ainda ressalta que a quantidade e a frequência do consumo desses alimentos podem desempenhar um papel importante na prevenção do câncer.
Em geral, consumir com frequência grandes quantidades de alimentos potencialmente cancerígenos aumenta o risco em comparação com o consumo esporádico e moderado. “A moderação no consumo desses alimentos, juntamente com uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável, pode ajudar a reduzir os riscos associados”, conclui a oncologista Daiana Ferraz.
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