Sentir-se bem com o próprio corpo é fundamental não apenas para a autoestima feminina como pode contribuir para que a mulher esteja mais segura e feliz em seus relacionamentos e no seu dia a dia. Não à toa, o Brasil lidera índices de cirurgias plásticas, incluindo cirurgias íntimas.



Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), entre 2018 e 2019 foram realizados mais de 30 mil procedimentos do tipo no país - 18 mil a mais que nos Estados Unidos, segundo no ranking mundial.

O ginecologista Charles Berger, especialista em ginecologia regenerativa, explica que essa prática traz um conjunto de procedimentos que ajudam não só a melhorar o aspecto da região íntima feminina, como também regenerar o funcionamento. “Não se trata apenas de questão estética, mas de procedimentos que trazem à mulher mais qualidade de vida.

A cirurgia íntima é parte da ginecologia regenerativa e proporciona a correção de efeitos do envelhecimento e da menopausa, por exemplo. Podemos citar, para além da estética, procedimentos que tratam a atrofia genital, o ressecamento vaginal e a perda urinária”, explica.


Um dos procedimentos é a ninfoplastia. O procedimento, de acordo com  Charles, tem como objetivos diminuir o tamanho, corrigir assimetrias ou frouxidão presentes nos pequenos lábios da vagina.



“Esse procedimento pode ser indicado, por exemplo, para mulheres que sintam dor na relação sexual, ou incômodo ao usar roupas muito apertadas, na prática de atividades físicas, entre outras situações. A correção não só melhora o aspecto da genitália feminina, mas devolve à paciente mais segurança em seu dia a dia, especialmente quando a situação provoca limitações na vida dela, seja na vida sexual ou ainda no dia a dia”, avalia o especialista.

Outra técnica muito presente nas clínicas é a de capuz de clitóris. “Esse é outro procedimento que a ginecologia regenerativa proporciona, e que é fundamental para dar às mulheres uma vida mais confortável, além de influenciar na melhora do seu relacionamento ou vida sexual, por exemplo. É recomendada para mulheres que tenham excesso de capuz cobrindo o clitóris. Essa condição dificulta a prática de atividades sexuais,  e prejudica a sensibilidade”, diz.

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A indicação cirúrgica, de acordo com especialista, é feita após avaliação médica. Os procedimentos são seguros e considerados simples, com recuperação tranquila para a paciente.

ginecologia regenerativa é um modelo em alta, porque cada vez mais as mulheres sentem-se seguras para buscar ajuda. “Cabe aos profissionais especializados orientar as pacientes em relação ao tabu que existia em torno do tema e mostrar que os procedimentos íntimos, seja cirurgia ou outros realizados em consultório, podem transformar a vida das pacientes, dando a elas muito mais segurança e conforto”. 

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