radiografia em que aparece osso do braço e costelas

Os tumores ósseos representam menos de 1% de todos os cânceres, segundo dados da American Cancer Society (ACS)

Harlie Raethel/nsplash
 

Os tumores ósseos representam menos de 1% de todos os cânceres, segundo dados da American Cancer Society (ACS), mas distingui-los de uma dor nas costas ou nas pernas proveniente de causas benignas, é o principal desafio para o diagnóstico precoce.

“O sintoma do câncer nos ossos é uma dor inespecífica, muitas vezes confundida com outras condições ortopédicas, e gradual, mesmo tratando com analgésicos e anti-inflamatórios. O quadro é acompanhado de edema e fratura por trauma mínimo. Fraqueza, perda de peso, febre, dormência e paralisia nos membros superiores e inferiores são outros indicativos que surgem de acordo com o tipo de tumor e sua localização. Nos exames radiológicos já é possível levantar ou descartar a suspeita da doença”, descreve o ortopedista oncológico do Hospital Vila da Serra, Rodrigo Gandra.

Segundo Rodrigo Gandra, as lesões malignas ósseas são classificadas em primárias, as quais se formam na referida estrutura, e compreendem o osteossarcoma e sarcoma de Ewing, muito comuns em crianças, e o condrossarcoma, mais frequente no grupo etário dos 20 aos 50 anos. Já nas lesões secundárias, o desenvolvimento ocorre em outros órgãos e acomete o osso – metástase.

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 ortopedista oncológico do Hospital Vila da Serra, Rodrigo Gandra.

O ortopedista oncológico do Hospital Vila da Serra, Rodrigo Gandra, alerta que o sintoma do câncer nos ossos é uma dor inespecífica, muitas vezes confundida com outras condições ortopédicas, e gradual, mesmo tratando com analgésicos e anti-inflamatórios

Arquivo Pessoal
“Os tumores malignos secundários costumam ter origem na mama, pulmão, rim, próstata e tireoide. O tratamento avançou significativamente, de modo a mitigar a dor e os efeitos colaterais, garantir qualidade de vida ao paciente, mantendo sua mobilidade, e aumentar a longevidade. Já a terapêutica para os sarcomas primários, quando descobertos na fase inicial, permite uma taxa de cura de 70 a 80%”, esclarece Rodrigo Gandra.  

O ortopedista oncológico ressalva que os tumores ósseos não têm fatores de risco ambientais, quase sempre são associados a alterações genéticas. O mesmo ocorre nos cânceres de partes moles, que podem atingir músculos, ossos, vasos sanguíneos, tendões, cartilagem e células de gordura.

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 “Trata-se de um sarcoma de causa desconhecida, porém alguns subtipos, dentre os cerca de 100, estão relacionados a síndromes genéticas hereditárias, infecção pelo vírus HIV e exposição à radiação e solventes químicos. Assim como a neoplasia nos ossos, seus sintomas podem ser confundidos com outras patologias: nódulo nos membros superiores ou inferiores, dor abdominal que evolui, constipação ou diarreia, sangue nas fezes e vômito. O diagnóstico precoce é igualmente importante para a curativa”, finaliza Rodrigo Gandra.