Na sociedade é cada vez maior a preocupação com a manutenção da juventude e com a aparência a ela ligada. Vários dados apontam para essa constatação, a exemplo dos recentemente fornecidos pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, que revelou um aumento, nos últimos anos, de mais de 30%, em relação às cirurgias estéticas. Nesse ranking, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás somente dos Estados Unidos. Estima-se, inclusive, que os dois países tenham juntos o maior número de cirurgiões plásticos, com mais de um terço do total mundial.





Para a mulher, o cenário parece ser mais difícil, se levarmos em conta que essa verdadeira “ditadura da juventude” vem usualmente carregada de significados atrelados à beleza e à feminilidade.

As rugas e os cabelos grisalhos, por exemplo, costumam ser enxergados de maneira bem diferente em homens e mulheres. Nos primeiros, ainda vigora a ideia de que é sinal de experiência e charme. Já no caso das mulheres é como se tivessem baixa autoestima ou pouco cuidado consigo mesmas, ou seja, o que se pode depreender desse contexto é que, socialmente, não é permitido a mulher envelhecer como um homem: naturalmente. 

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E, pertinente ao tema, no último estudo da Famivita, 77% das mulheres apontaram que se sentem pressionadas a não aparentar a idade que têm. Além disso, 68% delas disseram que para os homens inexiste essa cobrança. 




Aparência feminina é sempre mais cobrada

Ainda acerca do assunto, especialmente as mulheres dos 40 aos 44 anos responderam que sim, há uma exigência maior sobre a aparência feminina, com 84%. Entre as mulheres com 50 anos ou mais, o número também foi expressivo, com 83%. No que se refere aos homens, 55% concordaram que a cobrança a respeito da juventude, em relação a eles, inexiste.

Rondônia foi a localidade em que mais mulheres disseram haver uma maior pressão em relação à aparência feminina e à juventude, com 92%, segundo informações do estudo da Famivita, por Estado.

Em seguida, figuram no ranking Pará e Distrito Federal, com 81%. Já em Pernambuco e Rio Grande do Sul, tal número foi de 76% e 71%, respectivamente. 

Estudo do envelhecimento

(foto: Reprodução)

Botox e modo de se vestir 

Conforme dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, o Brasil é o segundo país que mais faz procedimentos não cirúrgicos, como o botox. A representação social da velhice é frequentemente associada ao modo de se vestir, às rugas, à perda do viço e energia no dia a dia. Sobretudo para a mulher, sabemos que existe uma cobrança para que, por meio de cuidados com a aparência, ela consiga atenuar os efeitos do envelhecimento, dado que isso passa a ser enxergado como algo feio e passível de ser embelezado.



Relacionado ao tema, no estudo da Famivita, 55% das mulheres afirmaram considerar o envelhecimento difícil para elas, no Brasil. 
Especialmente as entrevistadas na faixa etária dos 40 aos 44 anos revelaram considerar o envelhecimento difícil no Brasil, para uma mulher, com 63% respondendo positivamente no estudo. Em seguida, vieram as mulheres na faixa etária entre 35 a 39 anos, com 60%. Já dos 25 aos 29 anos, esse número foi de 56%. 

Mulheres com filhos também são cobradas

Importante ressaltar que entre as mulheres com filhos, 58% afirmaram esse desconforto frente ao assunto, contra 50% das mulheres sem filhos. Entre os homens, 63% concordaram a respeito do tópico. 

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Os dados mostraram que Rondônia é novamente a localidade em que mais entrevistadas expressaram ser o Brasil um país difícil para uma mulher envelhecer, com 75%. Em seguida, vieram Distrito Federal e Paraná, com 67% e 63%, respectivamente. São Paulo aparece no ranking com 58% e Rio de Janeiro com 57%. 

O estudo feito pela Famivita teve abrangência nacional, com mais de 2.500 participantes entre 12 e 18 de abril de 2023. 

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