Recentemente, o novo CEO do Twitter, o bilionário Elon Musk, escreveu na rede social que acredita que a cetamina é uma opção melhor que os métodos tradicionais para o tratamento contra a depressão. Desde 2018, o dono da Tesla, da SpaceX e da Neuralink, empresa de implantes cerebrais que iniciou testes em humanos há pouco tempo, vem debatendo sobre saúde mental, mesmo tempo em que teve um dos anos mais difíceis e dolorosos da sua carreira, com 120 horas de trabalho por semana e uso de remédios para dormir.
Apesar de não ter sido confirmado o uso do tratamento pelo empresário mais rico do mundo, a nova abordagem para doenças psicológicas apresenta resultados efetivos, rápidos e satisfatórios, ao ajudar pacientes resistentes aos cuidados convencionais oferecidos pelo mercado a voltarem a aproveitar a vida.
Além de agir contra a depressão, a cetamina melhora o funcionamento cognitivo, ajudando na atenção, concentração e memória de alguns pacientes. Estudos também apontam um possível efeito neuroprotetor, que preserva as células cerebrais e as protege contra danos causados pelo estresse e inflamação, o que pode ter implicações positivas no tratamento de transtornos mentais.
Além de agir contra a depressão, a cetamina melhora o funcionamento cognitivo, ajudando na atenção, concentração e memória de alguns pacientes. Estudos também apontam um possível efeito neuroprotetor, que preserva as células cerebrais e as protege contra danos causados pelo estresse e inflamação, o que pode ter implicações positivas no tratamento de transtornos mentais.
Cetamina: anestésico com mais de 60 anos
“A cetamina é um anestésico que existe há mais de 60 anos. Foi desenvolvida em 1962 e é considerada extremamente segura. Estudos nos últimos anos têm indicado a substância como um fármaco muito eficiente no tratamento da depressão resistente, quando utilizada em doses muito menores do que para fim anestésico e aplicada sob supervisão médica especializada”, explica Paula Peres, médica e fundadora do Grupo Bello Vero junto ao também médico Douglas Pessanha, que complementa: “O tratamento reverte até 75% dos casos crônicos de depressão, sendo a nova esperança para pacientes que têm suas vidas afetadas e alteradas pela doença. Com a novidade, podemos, realmente, mudar vidas”.
Administrado via endovenosa ou nasal
Diferentemente dos antidepressivos tradicionais, que podem levar semanas ou até meses para começarem a demonstrar resultados, a cetamina é administrada por via endovenosa ou nasal - em spray - e sua ação ocorre em questão de horas ou dias.
"Enquanto os tratamentos atuam no sistema nervoso, promovendo a normalização do fluxo de neurotransmissores, a cetamina atua diretamente no glutamato, substância que auxilia no reparo e reconstrução de circuitos cerebrais, aumentando o número de sinapses - ponto de contato entre uma célula e outra -, que são altamente danificadas em um paciente em estado depressivo”, explica Paula.
"Enquanto os tratamentos atuam no sistema nervoso, promovendo a normalização do fluxo de neurotransmissores, a cetamina atua diretamente no glutamato, substância que auxilia no reparo e reconstrução de circuitos cerebrais, aumentando o número de sinapses - ponto de contato entre uma célula e outra -, que são altamente danificadas em um paciente em estado depressivo”, explica Paula.
Em palavras simplificadas, o tratamento produz uma ponte que restabelece a comunicação das áreas cerebrais responsáveis pelo equilíbrio emocional, aprendizagem e memória, que, quando depressivas, apresentam “mau contato” ou são quebradas durante o processo.
Leia: Depressão e ansiedade: inteligência artificial e Twitter podem medir riscos.
"Os resultados podem ser percebidos já na primeira sessão, mas são recomendados, no mínimo, seis sessões, com duas horas de duração cada e intervalo de sete a 10 dias entre elas. Vale ressaltar que o paciente já deve estar em uso de antidepressivos e o tratamento precisa ser encaminhado e acompanhado por um psiquiatra, já que é indicado para aqueles que estão lutando contra depressão grave e que precisam de uma intervenção imediata”, ressalta Douglas.
Leia: Depressão e ansiedade: inteligência artificial e Twitter podem medir riscos.
"Os resultados podem ser percebidos já na primeira sessão, mas são recomendados, no mínimo, seis sessões, com duas horas de duração cada e intervalo de sete a 10 dias entre elas. Vale ressaltar que o paciente já deve estar em uso de antidepressivos e o tratamento precisa ser encaminhado e acompanhado por um psiquiatra, já que é indicado para aqueles que estão lutando contra depressão grave e que precisam de uma intervenção imediata”, ressalta Douglas.
No Brasil, o tratamento com a cetamina já está disponível.
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine