Você sabe o que é a rinoplastia sem martelo? A técnica, desenvolvida pelo cirurgião plástico francês, Olivier Gerbault, consiste em tratar a parte óssea para corrigir a protuberância de um nariz muito largo ou assimétrico, utilizando instrumentos miniaturizados criados por Gerbault em 2013.


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De acordo com o cirurgião plástico especialista em rinoplastia, Sérgio Furtado, para fazer o procedimento, é utilizado o piezo, um bisturi ultrassônico que corta e raspa o osso por meio de uma vibração e não causa lesões na mucosa, artérias ou outras partes moles do nariz.  

Sérgio Furtado ressalta que vários estudos já comprovaram que os pacientes que fazem a rinoplastia ultrassônica ficam menos inchados, têm menos hematomas e dor no pós-operatório: "Esse aparelho existe na cirurgia craniofacial há mais de 40 anos, porém, apenas em 2007, ele começou a ser usado. Seis anos depois, Gerbault desenvolveu essas ponteiras específicas para a rinoplastia. Desde 2018, uso o equipamento em 100% de minhas cirurgias. Já foram mais de 1000 procedimentos com o acessório e os resultados sempre são muito bons".
 
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O cirurgião plástico, que é convidado da 42ª Jornada Carioca de Cirurgia Plástica, que ocorrerá até 5 de agosto, no Rio de Janeiro, elaborado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), falará sobre rinoplastia ultrassônica. 

Sem martelo x rinoplastia convencional

Cirurgião plástico especialista em rinoplastia, Sérgio Furtado, afirma que, em uma rinoplastia convencional, os cirurgiões utilizam instrumentos que foram criados há mais de 100 anos

(foto: Arquivo Pessoal)
Sérgio Furtado afirma que, em uma rinoplastia convencional, os cirurgiões utilizam instrumentos que foram criados há mais de 100 anos para remover uma protuberância ou estreitar o nariz: "Normalmente, os ossos são quebrados às cegas, sem possibilidade de controlar com precisão a posição, orientação e forma do osso. Às vezes, os ossos não quebram como o esperado, o que leva a defeitos estéticos impossíveis de esconder ou até mesmo, problemas respiratórios".

Para evitar isso, o Gerbault desenvolveu os instrumentos miniaturizados, que vibram graças a uma unidade ultrassônica. “Ele age como uma escova de dentes elétrica, em comparação com uma escova de dentes comum”, conta Sérgio Furtado.



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Sérgio Furtado explica que a rinoplastia ultrassônica tem vantagens importantes, como o fato do cirurgião controlar tudo com precisão, já que consegue ver toda a pirâmide nasal, o que é impossível na cirurgia convencional. E ainda: 
  • Os cortes ósseos, sempre que necessários, são perfeitamente controlados, sem o risco de fraturas indesejadas que frequentemente ocorrem com as técnicas usuais;
  • Os ossos podem ser esculpidos e remodelados, o que é impossível com instrumentos convencionais. Em muitos casos, eles não precisam ser quebrados, como é feito, em grande parte das vezes, na rinoplastia usual;
  • Ossos finos e frágeis podem ser tratados, bem como ossos quebradiços (especialmente para pacientes maduros) ou ossos que já foram quebrados anteriormente, durante um trauma nasal ou uma cirurgia;
  • A assimetria dos ossos nasais pode ser tratada com precisão, o que é muito difícil com os métodos convencionais;
  • A recuperação do paciente é muito rápida, quase sem hematomas, e o paciente pode retornar ao trabalho após uma semana.

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