Os transtornos mentais afetam grande número de pessoas no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número chega a 1 bilhão de indivíduos, o que impacta suas vidas de diversas formas e, na maioria dos casos, o tratamento multidisciplinar é a melhor alternativa para que o paciente evolua e mantenha-se estável.
Uma das opções para os pacientes acometidos de transtorno mental moderado a grave são as residências terapêuticas - moradias que têm como principal objetivo oferecer um espaço onde o indivíduo possa viver com conforto, manter seu tratamento em conformidade com a indicação dos profissionais implicados no seu cuidado e o apoio à família, além de contar com todo o suporte em sua rotina e tarefas do dia a dia, em um ambiente próximo de um lar e tendo acesso a atividades terapêuticas.
“Nas residências terapêuticas, o tratamento é multidisciplinar ou 360, sempre com foco em compreender e oferecer tratamento não apenas os sintomas do transtorno, mas a todos os fatores psicológicos, sociais e biológicos envolvidos no quadro clínico do paciente”, explica Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica.
O tratamento em si varia para cada paciente, mas sempre estão disponíveis o acompanhamento de psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, entre outros especialistas: “Todos esses profissionais trabalham em conjunto para chegar a um diagnóstico e protocolo completo e abrangente do paciente em questão”, destaca Lipman.
Por que o tratamento multidisciplinar é necessário?
O tratamento de uma pessoa com transtorno mental vai além de melhorar sintomas: “Quando o paciente não está em crise, por exemplo, é necessário controlar essa fase de remissão e buscar possíveis gatilhos. Além disso, em alguns casos, são necessários ainda mais cuidados, como enfermeiros e assistentes sociais que ajudam no bem-estar da pessoa”, diz o médio psiquiatra.
Ao receber um tratamento multidisciplinar, o paciente tem uma avaliação completa e uma abordagem personalizada, proporcionando prevenção de crises, suporte contínuo e a inclusão familiar: “É fundamental envolver a família do paciente, ajudando-os a entender melhor o transtorno e fornecendo orientação sobre como o apoiar todo esse processo”, pontua o psiquiatra.
Residências terapêuticas
Nos casos em que o paciente vive em residências terapêuticas, o tratamento multidisciplinar é disponibilizado para cada caso: "Todos têm a possibilidade de serem atendidos pelo psiquiatra e psicólogo, são cuidados 24h por dia por enfermeiros, tem quem cozinhe e até mesmo atividades que contribuem para o bem-estar de cada um”, lembra Lipman.