Foi publicada, nesta quinta-feira (4/8), a nova edição do calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O documento, elaborado pelos Departamentos Científicos de Imunizações e de Infectologia da instituição, traz orientações atualizadas para médicos, profissionais de saúde e população em geral a respeito da aplicação de vacinas em crianças e adolescentes, do nascimento até os 19 anos de idade. 





Anualmente, a SBP atualiza seu calendário de vacinação de acordo com as inovações técnicas e científicas e mudanças conceituais. Na edição de 2023, o calendário conta com a inclusão da vacina Qdenga©, do laboratório Takeda, recentemente aprovada no Brasil para a prevenção da dengue. O imunizante tem recomendação preferencial, podendo ser aplicado a partir de quatro anos até 60 anos de idade, no esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas.



Nesta edição, o esquema vacinal conta com a inclusão do imunizante Qdenga, do laboratório Takeda, recentemente aprovado no Brasil para a prevenção da dengue. A vacina previne os quatro sorotipos do vírus da dengue, sendo  o único que pode ser aplicado em pessoas que nunca pegaram a doença.

“A nova vacina demonstrou uma enorme eficácia e segurança, podendo ser aplicada em crianças a partir de quatro anos que já tiveram ou não dengue. Diferente do imunizante anterior, o Dengvaxia, que só podia ser aplicado acima dos seis anos em pessoas que já contraíram a doença”, explica o presidente do DC de Imunizações, Renato Kfouri. 



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Outra mudança, é a incorporação da vacina HPV9, que protege contra os nove tipos de papilomavírus humano (HPV) e previne contra cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina, da cavidade oral e do ânus; infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas; e verrugas genitais. 

Kfouri ressalta que a HPV9 é um imunizante com composição mais ampla - aumentando o espectro de proteção, se comparada com à vacina HPV4. Com isso, a SPB recomenda, sempre que possível, o uso preferencial da vacina que oferece maior proteção. 

Segundo o documento da entidade, as recomendações para pessoas com imunodeficiências ou em situações epidemiológicas específicas, podem sofrer alterações. 

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.

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