Nos últimos anos, temos presenciado crescente busca por tratamentos estéticos faciais, em especial o preenchimento para harmonização facial. No entanto, essa tendência parece estar mudando. Cada vez mais pessoas têm procurado a retirada dos preenchimentos. Mas, afinal, por que isso está ocorrendo?
O preenchimento facial é um procedimento estético minimamente invasivo que consiste em injetar ácido hialurônico ou outras substâncias na pele para restaurar volume e melhorar a aparência facial. Ele é utilizado para tratar rugas e linhas de expressão, além de volumes perdidos na face, como bochechas e lábios.
A procura pelo preenchimento facial tem aumentado significativamente nos últimos anos, e isso se deve a vários fatores. Em primeiro lugar, a busca pela beleza e pela juventude eterna, uma realidade da atual sociedade. Além disso, a popularização do uso de redes sociais e a cultura da imagem têm incentivado as pessoas a cuidarem mais da aparência. Por fim, o preenchimento facial é um procedimento relativamente rápido e seguro, com resultados imediatos e pouca ou nenhuma recuperação.
Efeito artificial e desproporcional
Porém, a busca excessiva pela aparência perfeita levou muitas pessoas a optarem por preenchimentos faciais em excesso, resultando em um efeito artificial ou desproporcional. Esse fenômeno tem sido chamado de "era de extravagância no uso de injetáveis", e tem levado cada vez mais pessoas a procurarem a reversão do preenchimento facial.
É possível que conheça alguém que tenha experimentado preenchimentos faciais à base de ácido hialurônico, já que se tornaram um recurso popular em procedimentos estéticos, oferecidos para diversos fins.
Leia: Especialista explica por que preenchimento labial pode se deslocar.
“No entanto, o uso excessivo desses procedimentos tem criado uma geração de pessoas com aparência artificial, sem expressão e sem identidade, que não parecem humanas, mas também não apresentam rugas. A tendência da harmonização facial, infelizmente, acabou gerando uma "demonização facial", levando muitas pessoas a apresentarem o que é conhecido como "pillow face", ou seja, um rosto que parece ter sido preenchido com almofadas”, destaca a médica especialista em dermatologia e diretora da clínica Adones, Kelly Pico
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“No entanto, o uso excessivo desses procedimentos tem criado uma geração de pessoas com aparência artificial, sem expressão e sem identidade, que não parecem humanas, mas também não apresentam rugas. A tendência da harmonização facial, infelizmente, acabou gerando uma "demonização facial", levando muitas pessoas a apresentarem o que é conhecido como "pillow face", ou seja, um rosto que parece ter sido preenchido com almofadas”, destaca a médica especialista em dermatologia e diretora da clínica Adones, Kelly Pico
As reversões do preenchimento estão aumentando em uma espécie de reação à era de extravagância no uso de injetáveis. Essa corrida pelo “esvaziamento” acontece de forma progressiva. No Brasil, alguns famosos, modelos, cantores e influencers já optaram pela reversão de preenchimentos.
Como retirar o preenchimento?
A retirada do preenchimento facial pode ser de diversas maneiras, dependendo do tipo de preenchimento e da área tratada. Em geral, o processo envolve a aplicação de uma substância que dissolve o ácido hialurônico ou a realização de uma cirurgia para retirar o material.
“É importante ressaltar que a retirada do preenchimento facial é um procedimento mais complexo do que a aplicação. Por isso, é fundamental procurar um profissional qualificado e experiente para realizar o procedimento”, comenta Kelly Pico.
Vale considerar e analisar alguns fatores antes de optar pelo preenchimento facial. Em primeiro lugar, é fundamental uma avaliação médica completa para verificar se você é um candidato adequado ao procedimento. Além disso, é importante escolher um profissional qualificado e experiente para realizar o procedimento.
“Em vez de buscar a retirada do preenchimento facial, é possível optar por outras técnicas que ajudam a melhorar a qualidade da pele e reduzir a flacidez. Um exemplo é o uso de bioestimuladores injetáveis, que ajudam a promover a produção de colágeno e melhorar a aparência da pele. Essa técnica pode ser combinada com o ultrassom microfocado, que ajuda a promover o skin tightening, ou seja, o aperto da pele com o músculo, deixando-a mais firme”, indica Kelly Pico.
Portanto, o melhor conselho é escolher bem o profissional, verificando questões como certificação, conhecimento, experiência, focado na segurança e disposição para dizer “não”. Em seguida, adote uma mentalidade de menos é mais. É importante ter expectativas realistas e entender que o preenchimento facial não é uma solução permanente para a aparência facial.