Uma mulher de 35 anos morreu em Monticello, Indiana, nos Estados Unidos. De acordo com a família, ela faleceu em decorrência de uma intoxicação por água, após ingerir cerca de dois litros em aproximadamente 20 minutos. O caso aconteceu durante o feriado de 4 de julho, mas só agora ele ganhou repercussão devido a uma campanha dos familiares de Ashley. 





Ela passava a folga de sábado a terça-feira com o marido e as filhas em um lago. Na terça à noite, Devon Miller, irmão de Ashley, soube que ela estava no hospital. “Minha irmã, Holly, me ligou, e ela estava completamente destruída. Ela estava tipo 'Ashley está no hospital. Ela tem um inchaço cerebral, eles não sabem o que está causando isso, eles não sabem o que podem fazer para fazê-lo cair, e não parece bom'", contou Miller à imprensa local.


Segundo a família, mais cedo naquele mesmo dia, Ashley disse que se sentia desidratada e como se não pudesse beber água suficiente. Além de estar tonta e com dor de cabeça. "Alguém disse que ela bebeu quatro garrafas de água em 20 minutos. Quero dizer, uma garrafa média de água tem cerca de 500 ml, então foram 2 litros que ela bebeu em um período de 20 minutos. Isso é meio galão. Isso é o que você deveria beber em um dia inteiro", apontou o irmão.


Após a viagem, Ashley chegou em casa e desmaiou na garagem. Seu marido a levou para o hospital, mas ela  nunca recuperou a consciência. Os médicos disseram à família que ela morreu de intoxicação por água. "Foi um choque para todos nós. Quando eles começaram a falar sobre toxicidade da água”, lembra Miller.





 


Essa intoxicação ocorre quando se bebe muita água muito rápido, o que perturba o equilíbrio de eletrólitos, ou se os rins retêm muita água devido a condições de saúde subjacentes. Também chamada de hiperidratação, a condição pode causar estado mental alterado, desorientação, confusão, náusea e vômito, cãibras musculares, dor e dores de cabeça.


"Existem certas coisas que podem colocar alguém em maior risco, mas o que acontece em geral é que você tem muita água e pouco sódio em seu corpo", explicou o médico Blake Froberg, que cuidou de Ashley à imprensa americana.


O especialista ainda esclareceu que é uma condição rara, mas, especialmente durante o verão, quem trabalha fora ou se exercita muito deve ter um plano de hidratação, se certificando da ingestão de eletrólitos, sódio e potássio. 


Ashley era doadora de órgãos e sua família seguiu sua vontade. Seu coração, fígado, pulmões, rins e parte de seu tecido ósseo salvaram a vida de cinco pessoas. Agora, os familiares pedem ajuda para pagar as contas médicas, por meio de uma vaquinha virtual na plataforma Venmo.

 

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