Os pais da pequena Bianca Cecília Antunes Damas lutam para encontrar um doador compatível de medula óssea para a filha. Bianca tem apenas 1 ano e 2 meses e a família mora em Pouso Alegre, no Sul de Minas. A bebê foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (LMA), conhecida como câncer de sangue.




 
A esperança de Edivânia Antunes da Silva Damas e Heverton Ferreira Damas é encontrar um doador 100% compatível, para salvar a vida da filha. A doença foi descoberta quando Bianca tinha seis meses, em dezembro do ano passado.
 
Porém, desde os quatro meses de vida, após a confirmação do câncer, a bebê já vivia a rotina de hospital. 

A família é do Bairro Brejal, zona rural de Pouso Alegre. Edivânia e Heverton têm três filhos e tiveram que deixar os meninos de 14 e 5 anos com a avó e abandonar o trabalho para cuidar de Bianca.
 
A bebê está internada no Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP). A instituição é reconhecida como o maior centro de pesquisa em oncologia pediátrica da América Latina.
 
Dados do Inca mostram que 11.540 casos de leucemia devem ser registrados no Brasil em 2023. A região com maior estimativa de casos dessa doença é o Sudeste, com 4.610 e cerca de cinco casos a cada 100 mil habitantes.




A luta pela cura

Bianca teve os primeiros sintomas da leucemia em outubro do ano passado e foi atendida no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre. O diagnóstico em 19 de dezembro deu início ao tratamento no Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP).

A bebê recebeu alta da quimioterapia em maio de 2023. Na época, ela teve liberação médica para que a família seguisse com o tratamento por quimioterapia medicamentosa na casa da família, em Pouso Alegre.
 
Uma recaída da doença em 18 de junho fez os pais de Bianca interná-la novamente em Campinas. Segundo Edivânia, um tumor raro, conhecido como sarcoma, se alojou no cerebelo da filha caçula, que voltou a passar por quimioterapia.




 
Apenas um transplante de medula pode significar a cura da filha. O exame de compatibilidade dos pais e irmãos de Bianca deu resultado 50% compatível. Edivânia conta que a doação para a filha precisa ser 100% compatível.
 
Os pais contam com a solidariedade das pessoas para se candidatarem à doação de medula óssea e ajudar a salvar a bebê. A chance de achar um doador compatível fora da família do paciente é de uma a cada 100 mil pessoas. Por isso, é importante que cada vez mais pessoas se candidatem à doação.

Como se candidatar para ser um doador de medula

Pessoas entre 18 e 35 anos podem se cadastrar para a doação de medula óssea. O cadastro é feito em hemocentros de todo o país. É só apresentar um documento oficial com foto. Não é preciso agendar o atendimento.
 
Serão coletados 5 ml de sangue para análise genética. O cadastro do doador é inserido no sistema nacional (Redome). Se a pessoa for compatível com algum paciente, será convocada para fazer um exame detalhado. (Nayara Andery/ Especial para o EM.)

compartilhe