A importância do cuidado com a saúde mental está em evidência. Pesquisa realizada pela healthtech 3778, que monitorou a saúde de colaboradoras de empresas parceiras, apontou que 30% das mulheres possuem diagnóstico e/ou fazem tratamento para depressão e ansiedade. O estudo foi realizado por meio de um questionário auto preenchido por cerca de 16 mil mulheres e 7 mil homens, com idades entre 18 e 74 anos. A 3778 é especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de inteligência artificial.
"O número é considerado alto, mas indica que elas estão em busca de ajuda e apoio emocional. Elas tendem a procurar os serviços de saúde com mais frequência do que os homens. Esse passo é o mais importante na direção do bem-estar e da qualidade de vida, prevenindo desdobramentos mais graves", afirma Gregório Rodrigues, médico de família especialista em ciência de dados em saúde da 3778.
É importante ressaltar que o Brasil é o país com mais casos de ansiedade no mundo; ao menos 9,3% da população geral sofre de ansiedade patológica, de acordo com o mapeamento mais recente da Organização Mundial de Saúde.
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Os motivos para o desencadeamento da ansiedade e depressão entre as mulheres são diversos, como propensão genética e hormonal, vivência de traumas, e até mesmo a saúde física. Ainda de acordo com o levantamento, quando perguntadas sobre a quantidade de minutos de exercícios físicos realizados, 46% das entrevistadas responderam não se exercitar, enquanto 22% praticam entre 1 a 120 minutos por semana. Paralelamente, cerca de 34% das mulheres que responderam a pesquisa estão com sobrepeso e 23%, com obesidade.
A relação da saúde mental com o trabalho
Outro motivo que também se deve levar em consideração, quando se trata de saúde mental, é o trabalho. Para se ter uma ideia, 78% dos afastamentos médicos de 2021 e 2022 foram por transtornos mentais, segundo pesquisa da 3778. Isso porque, é difícil às vezes separar a vida profissional com a pessoal, e muitas pessoas acabam desenvolvendo ansiedade e depressão por motivos ligados ao emprego, como, por exemplo, trabalhar em um ambiente opressivo, passar por situações desconfortáveis, não receber nenhum tipo de auxílio, entre outros fatores.
Para a gerente operacional da 3778, Thamyris André, as empresas podem ser aliadas nesse processo de cuidado à saúde das mulheres. "É importante que as organizações e, principalmente, a liderança, estejam sempre atentas e busquem soluções para ajudar e evitar o adoecimento dos colaboradores", aponta.
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