As tecnologias médicas para o tratamento estético da celulite existem há algumas décadas, mas somente nos últimos anos os consultórios dermatológicos puderam agir em todas as camadas, tratando a superfície, a camada de gordura e o músculo. A celulite, que se caracteriza quando a pele tem aspecto ondulado e granuloso nas coxas, nos quadris, nas nádegas e na barriga, ainda não tem cura, mas tem controle.



"O avanço no tratamento da celulite com tecnologias é notório. Existem muitas vantagens, como:a rapidez, a eficácia, os baixos níveis de dor e o curtíssimo tempo de recuperação. Além disso, as associações permitem resultados complementares, ao agirem em diferentes camadas da pele. O que vemos na superfície como celulite é apenas a ponta do iceberg de alterações que ocorrem em nível profundo", explica o doutor em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Abdo Salomão Jr..

O médico elucida que a fisiopatologia da celulite envolve o acúmulo de gordura localizada e toxinas na região, questões anatômicas para maior facilidade do rompimento das conexões fibrosas, flacidez e dificuldade de circulação. Portanto, o diagnóstico médico é importante para indicar um plano de tratamento que compreenda uma atuação em todas as camadas.

"Ao tratar a celulite, é fundamental adaptar a abordagem às necessidades de cada paciente, oferecendo um tratamento altamente personalizado. Por exemplo, o próprio descompasso na composição corporal, com baixa quantidade de massa magra, pode favorecer o aparecimento de celulite, inclusive em pacientes mais magrinhas. Nesses casos, podemos também fortalecer o músculo no consultório", destaca Abdo.

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Para agir na camada muscular, a tecnologia High-Intensity Focused Electromagnetic (HIFEM), disponível nas clínicas médicas com o T Sculptor, permite ao paciente fazer um treino muito mais forte e pesado do que ele conseguiria na academia. "A tecnologia não invasiva, ao entrar em contato com a pele, gera um campo eletromagnético focado de alta intensidade capaz de estimular o músculo por meio de contrações contínuas e intensas. Essa hipertrofia do músculo ajuda a reorganizar os tecidos e melhorar a aparência da pele", explica o dermatologista.

Já o ultrassom ultrafocado age de várias formas na celulite, tratando gordura, estimulando colágeno e fazendo a junção do músculo com a pele. Segundo o dermatologista, o equipamento Atria entrega a energia de forma pulsada, com a mesma eficácia e menos dor.



"O Atria age na celulite de várias formas. Primeiramente, o ultrassom aquece a gordura a 65ºC, promovendo sua degradação, o que diminui a quantidade de tecido adiposo no local tratado. Com os cartuchos de 6 e 9 milímetros, o ultrassom quebra as traves fibróticas da celulite, aquelas que puxam a pele para dentro e causam os furinhos. E, também, o calor pode ser aplicado em camadas mais superficiais da pele, melhorando a tensão superficial e causando uma retração no tecido, atuando para melhorar a firmeza. Com isso, acontece uma reestruturação em todas as camadas, com consequente melhora da celulite e da aparência da pele como um todo, reduzindo também flacidez e gordura", diz o especialista.

Outra estratégia é a radiofrequência microagulhada Megaderme, plataforma recém-lançada. "Nela, as microagulhas ultrapassam a primeira camada da pele, entregando energia em camadas profundas, que vão a 7 milímetros de profundidade. Além de tratar a gordura, encurtando os adipócitos e melhorando essa inflamação da gordura, ela abre canais para alguns fármacos anticelulite que podem ser depositados logo após a ação da tecnologia", explica o médico. Com isso, há estímulo de colágeno, diminuição da gordura e quebra dos septos fibrosos.

O dermatologista lembra que as tecnologias podem ser associadas, mas é importante que o médico oriente o paciente sobre as mudanças na dieta e estilo de vida, principalmente com a adoção de atividade física frequente. "É fundamental que o paciente tenha consciência da importância da mudança do estilo de vida", aponta Abdo Salomão.

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