Autoridades de saúde já estavam em alerta com a sub variante da Omicron, a Éris, por seu alto grau de mutação e disseminação. Agora, uma nova sub-cepa, que ainda não foi formalmente nomeada, mas é chamada de 'BA.6',  está levando cientistas a orientarem que as pessoas voltem a usar máscaras a fim de evitar um quadro sombrio de COVID-19  nas próximas semanas. 




 
A nova sub-cepa, até agora, somente foi encontrada na Dinamarca e em Israel, mas tem um nível espantoso e alarmante de mutação, segundo cientistas. De acordo com Trisha Greenhalgh, especialista em cuidados primários de saúde da Universidade de Oxford, é fundamental que as pessoas voltem a usar máscaras para impedir a propagação da variante. No Twitter, ela se pronunciou: "Meus vários grupos científicos do whatsapp estão se mexendo. Clipes e diagramas de linhagem genética voando de um lado para o outro. Eu entendo pouco dos detalhes, mas parece que é mais uma vez hora de colocar as máscaras." 



A professora Christina Pagel, matemática da University College of London e membro titular do grupo Independent SAGE, disse na plataforma de mídia social que era "muito, muito cedo", mas admitiu que a variante tem "muitas novas mutações que se tornam diferentes das cepas anteriores do ômicron". Ela acrescentou que isso significa que era "potencialmente mais capaz de causar uma grande onda ".

Vacinação e máscaras 

Os pedidos para que as pessoas retomem o uso de máscaras surgiram nos Estados Unidos nos últimos dias, em meio a um aumento de 12% nas hospitalizações relacionadas à COVID-19.


Autoridades de saúde do Brasil ainda não se pronunciaram sobre a nova variante ou sobre o uso de máscaras. Mas tal como acontece com outras variantes da COVID, o risco de doenças graves permanece maior para pessoas idosas ou com problemas de saúde subjacentes significativos - sendo necessário priorizar os cuidados nessa faixa etária. 



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A orientação, em circunstância da variante Éris e BA.6, é a de que as pessoas se mantenham vacinadas para se defenderem contra futuras ondas de COVID-19.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que continua avaliando o impacto das novas cepas no desempenho das vacinas para que possa tomar decisões sobre as atualizações na composição dos imunizantes.

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.

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