As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em mulheres no Brasil e no mundo.  O Ministério da Saúde estima que ocorrem de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto no País e que a cada cinco a sete casos ocorre um óbito. A partir dessa realidade é preciso saber: quais cuidados as mulheres devem ter para evitar problemas cardiológicos? 

Adriana Thomaz, cardiologista no Laboratório Hermes Pardini, explica que apesar de “antes tarde do que nunca”, o ideal é cuidar do coração desde a infância, com um estilo de vida saudável, que possa envolver toda a família. “Sempre é tempo de mudar os hábitos de vida e adotar boas práticas como alimentação saudável, atividade física com regularidade, bem como controle do estresse e da ansiedade”, ressalta a cardiologista. 





Além disso, segundo ela, é fundamental manter as consultas médicas em dia. “A visita ao cardiologista é importante para que ele informe sobre o risco de problemas cardiovasculares e a necessidade de um check-up, indique exames necessários e faça o controle com a periodicidade necessária” explica Adriana. 


Não espere até sentir no peito

Dor no peito, no braço esquerdo, no pescoço, na garganta, na mandíbula, falta de ar, tontura, mal-estar, escurecimento da vista, desmaio e palpitação estão entre os vários sintomas que podem indicar que algo não vai bem com o coração. 

Muitos desses sintomas, inclusive, podem ser confundidos com os de outras doenças. Por isso, é importante o acompanhamento contínuo com um médico cardiologista para que o coração seja monitorado com frequência para evitar complicações e desenvolvimento de quadros que poderiam, muitas vezes, ser tratados com o diagnóstico precoce. 



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Fatores agravadores

Estresse 
O estresse libera na corrente sanguínea substâncias que podem agredir os vasos sanguíneos, aumentar a pressão arterial, elevar o risco de eventos como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). 

Insônia e álcool 
A falta de sono também é prejudicial, pois eleva a pressão arterial e dificulta o controle de peso corporal. É durante o sono que liberamos hormônios da saciedade. A insônia dificulta, ainda, o controle da glicemia, ou seja, dos níveis de açúcar no sangue.

Outro ponto de atenção é que a bebida alcoólica é prejudicial para o coração assim como para outros órgãos, como fígado e cérebro, principalmente quando em dose regular e elevada.

Menopausa 
“Mulheres, geralmente, chegam à menopausa ignorando o fato de que essa fase exigirá mais cuidados por ser um período marcado por mudanças hormonais e metabólicas, ganho de peso e aumento dos níveis de colesterol. Na menopausa, o nível de estrogênio cai à proporção que aumentam os riscos de eventos cardiovasculares”, destaca a médica. 

 

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