O calor intenso e o clima seco vêm preocupando a população brasileira. Nesta terça-feira (22), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja em relação a umidade do ar variando entre 20% e 12%, bem abaixo do indicado como ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 50% a 80%. O estado é de atenção em diversas regiões, com destaque para o Maranhão, Piauí e Bahia, no Nordeste; Minas Gerais, no Sudeste; e Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás, no Centro-Oeste.
O clima seco, além de aumentar o risco de incêndios, agrava a saúde das vias aéreas podendo provocar episódios de sangramentos no nariz.
O médico otorrinolaringologista e coordenador do curso de medicina da Uniderp, Alexandre Cury, esclarece que nessa época, com ar seco, falta de chuvas e aumento da concentração de poluentes, cresce o risco de agravamento de doenças respiratórias, infecções virais, problemas na pele e alergias: “A nossa saúde sente o clima de variadas maneiras: pele ressecada, dificuldades respiratórias, maior ocorrência de alergias, resfriados, gripes e até mesmo irritação nos olhos".
Segundo Cury, dentre as regiões mais afetadas no organismo estão as mucosas internas: “As mucosas nasais estão mais sujeitas ao tempo seco, em razão da temperatura alta que dilata os vasos sanguíneos, o que facilita seu rompimento.
Leia: Tempo seco: cinco medidas para evitar doenças respiratórias.
Além disso, há um ressecamento de toda a região, até mesmo da garganta, que tem uma função de umedecimento também”, esclarece. “Esses fatores provocam sangramentos nas narinas, com ocorrência maior em crianças e idosos”, complementa o professor.
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Além disso, há um ressecamento de toda a região, até mesmo da garganta, que tem uma função de umedecimento também”, esclarece. “Esses fatores provocam sangramentos nas narinas, com ocorrência maior em crianças e idosos”, complementa o professor.
Epistaxe: o sangrametno da mucosa nasal
Conhecida como epistaxe, o sangramento da mucosa nasal também está associado a outros fatores. Nas crianças, ocorre com mais frequência em razão daquela “limpadinha” no nariz, o que pode lesionar a região de forma mais superficial, na parte frontal do órgão: “Nos idosos, deve ser observado com mais atenção. Se o sangue é mais volumoso, pode se tratar de uma lesão mais grave e deve ser avaliado por um médico”, alerta o especialista.
“Se observadas ocorrências persistentes de sangramento nasal, o médico deve ser comunicado para uma avaliação cuidadosa. Alguns medicamentos e patologias como hipertensão arterial, sinusite e crises alérgicas como a rinite, também podem ser a razão do problema, que precisa de uma investigação mais aprofundada”, diz o médico otorrinolaringologista.
Anote dicas importantes de cuidado e prevenção
- Na ocorrência de sangramento nasal, evite ficar exposto ao sol e ao calor. Busque um lugar fresco;
- Não vire a cabeça para trás, pois fará o sangue ser engolido o que pode provocar náuseas e piorar o sangramento. O ideal é que se incline levemente a cabeça para a frente para que o sangue escorra com facilidade;
- Faça compressas de água gelada ou gelo, na face e nuca;
- Hidrate as vias aéreas: há aplicadores próprios para a região nasal que facilitam a administração a lavagem do nariz, o que pode ser feito com uma solução caseira de água e sal;
- Beba bastante água;
- Se o sangramento persistir, procure um médico.