estresse em gerenciar uma família pode levar homens casados a terem níveis de testosterona mais baixos, revela pesquisa recente divulgada na revista científica Annals of Internal Medicine. É uma hipótese - o estudo não pretende estabelecer uma relação de causa e consequência -, mas fica a constatação de que a quantidade do hormônio é maior em homens solteiros.



O levantamento foi coordeando pela Universidade da Austrália Ocidental, a partir da análise de 11 estudos, realizados antes de 2020, abrangendo mais de 25 mil homens. O volume de testosterona foi mensurado repetidamente ao longo do tempo a partir da técnica chamada espectrometria de massa.

Não ficou comprovada diferença relevante nas concentrações médias do hormônio considerando homens na faixa etária entre 17 e 70 anos, no entanto, depois dos 70, a testosterona tende a diminuir.

Partindo de uma análise sobre estilo de vida, como ser casado ou solteiro, o estudo demonstrou que o primeiro grupo, incluindo homens que mantêm algum tipo de relacionamento, têm queda de testosterona mais acentuada em comparação aos solteiros, uma relação mais prevalente quando a análise tem foco em homens de meia-idade, e menos nos homens mais velhos. Os autores do estudo concordam que é uma quadro possivelmente associado ao estresse da vida familiar, incluindo as crianças no agregado familiar.

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Estudos já demonstraram que o estresse pode diminuir a quantidade de testosterona produzida pelos homens, mas essa é uma hipótese. "Uma possível explicação poderia ser que os homens casados %u200B%u200Be com famílias podem estar mais estressados %u200B%u200Be, portanto, ter níveis mais baixos de testosterona, mas o nosso estudo não foi concebido para analisar mais profundamente este resultado", disse o médico Bu Yeap, da Universidade da Austrália Ocidental, que coordenou a pesquisa.



Como a queda no hormônio pode afetar a qualidade de vida de homens casados, que ainda preservam uma quantidade tida como normal, não é um ponto de análise do estudo, que mostra ainda que homens que fazem mais do que 75 minutos de atividade física vigorosa a cada semana apresentavam quantidades menores do hormônio, em paralelo aos homens mais ativos. Homens com sobrepeso ou obesidade também têm menos testosterona, assim como os ex-fumantes, comparado aos que nunca fumaram, além de homens com pressão alta e com histórico de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.

Outros estudos já haviam apontado também um declínio no nível de testosterona entre os homens que esperam a chegada de um filho, assim como naqueles que investem mais nos filhos e estão satisfeitos em serem pais. Quadros de diabetesdemência podem ter relação com a baixa do hormônio.

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