A chegada do Setembro Amarelo - mês de prevenção ao suicídio - alerta para um problema de saúde que tem afetado cada vez mais as pessoas em todo o mundo. E o que é mais preocupante: o último grande mapeamento global de transtornos mentais da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2022, mostra que o Brasil é o país que mais sofre com a ansiedade na América Latina. Além disso, novos dados da OMS, divulgados em junho de 2023, revelam que 31,6% de quem lida com esse transtorno são jovens de 18 a 24 anos. Mas por que este problema afeta, principalmente, os universitários?
O dia 10 de setembro é lembrado como Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. Criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, a data tem como objetivo fazer com que os governos e da sociedade civil se atentem para a importância de discutir o assunto. Isso incentiva a população a ser mais aberta sobre os próprios sentimentos e entender quando é hora de pedir ajuda. A campanha do Setembro Amarelo foi inspirada na história do norte-americano Mike Emme, que cometeu suicídio aos 17 anos. O jovem tinha um carro amarelo e, por conta disso, em seu velório, pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para qualquer um que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.
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Por estarem sempre se cobrando, os brasileiros precisam aprender a lidar com esse problema desde cedo. É por isso também que os estudantes são os mais afetados, assim como pessoas que trabalham até tarde da noite. "Em contexto acadêmico, há uma grande preocupação em ser bem sucedido nas notas, o que é possível com bom despendimento de tempo para estudar. Nem sempre o aluno consegue fazer da forma ideal e isso aumenta seu nível de ansiedade", explica Elisabete.
Para enfrentar o transtorno, recomenda-se que o estudante pratique atividade física e tenha um sono regulado. Além disso, também é necessário ter um tempo para si mesmo e relaxar. "É preciso estabelecer prioridades e organizar os tempos de estudo para não se sentir sobrecarregado", indica a professora. "Quando estamos ansiosos, não conseguimos olhar ao redor, muito menos absorver qualquer conhecimento. Mas é preciso não se culpar e se olhar com carinho", aponta Elisabete.
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