Cirurgia é indicada para pacientes com excesso de pele após perda excessiva de peso

Cirurgia é indicada para pacientes com excesso de pele após perda excessiva de peso

Reprodução

O padrão do acúmulo de gordura no homem é diferente em relação ao da mulher. Por esse motivo, quando eles passam por um processo expressivo de emagrecimento, é comum que surjam dobras de pele em excesso. "A procura vem crescendo por conta de medicamentos como Ozempic. Nesse caso, o indicado é abdominoplastia, um procedimento que corrige a flacidez de pele associada ou não à flacidez da musculatura da parede abdominal e pode atuar também na gordura localizada da região", explica o cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Tácito Ferreira.

Mas, no caso dos homens, o médico explica que é fundamental reforçar os cuidados no pós-operatório com relação ao esforço físico. "É essencial que o paciente evite realizar atividades que exijam esforço físico, tais como carregar peso, por exemplo. Atividade física como caminhadas esportivas devem ser realizadas a partir de 45 dias a 60 dias da abdominoplastia. Exercícios específicos para o abdômen isoladamente somente após três meses", acrescenta o médico.

Para a abdominoplastia, é indicado um emagrecimento prévio. "No homem, esse emagrecimento depende de uma diminuição do conteúdo intra-abdominal, assim o pré-operatório é geralmente mais prolongado e mais difícil. A preparação para essa cirurgia ainda inclui parar de fumar com pelo menos quatro semanas de antecedência, seguir uma dieta saudável e balanceada e evitar certos medicamentos", diz o médico.

Uma abdominoplastia é realizada sob anestesia geral e normalmente leva entre duas a quatro horas, dependendo da extensão do procedimento. O cirurgião faz uma incisão que permite a retirada do excesso de pele e gordura ao mesmo tempo em que aproxima e sutura os músculos abdominais. "A pele ao redor do umbigo também será remodelada durante uma abdominoplastia completa", diz o cirurgião plástico.

Logo após a cirurgia, o paciente fica internado por um período de 12 a 24 horas, no qual recebe medicamentos para dor, prevenção de trombose e antibióticos. "Além disso, fica com compressor pneumático na perna, meias elásticas e uma malha elástica que cobre todo o abdômen. Nesse período já pode se alimentar e levantar da cama com ajuda", diz Tácito. Em casa, o paciente deve permanecer em repouso. "Porém, é aconselhável que o paciente caminhe dentro do perímetro da própria casa, com o auxílio de um acompanhante para auxiliar a circulação sanguínea. Essa caminhada deve ser feita de maneira curvada para a frente nos primeiros 10 a 15 dias para não forçar os pontos", diz o médico.

Leia: Bocão está por fora: cresce busca por reversão de preenchimento labial

Quanto aos cuidados básicos, é possível tomar banho logo no terceiro dia desde que com a ajuda de um acompanhante. "A dieta deve ser rica em líquidos, alimentos laxativos e fibras, pois pode ser difícil ir ao banheiro nos primeiros dias. O retorno ao consultório ocorre após três a sete dias da cirurgia, quando o cirurgião avalia a viabilidade da pele e as incisões. De maneira geral, a primeira semana é a que o paciente se sente mais incomodado, mas isso melhora no decorrer do tempo de forma que muitos voltam ao trabalho após 30 dias", diz o médico.

Segundo Tácito, ao longo de um período de aproximadamente 45 dias é obrigatório o uso da malha compressora, conhecida também como cinta pós-cirúrgica. "Como o cronograma de recuperação de cada paciente é diferente, siga as instruções do cirurgião para cada caso específico. Isso ajudará inclusive a minimizar a aparência das cicatrizes da cirurgia", aponta.