Na última semana, a influenciadora e chefe de cozinha Isabella Scherer publicou um vídeo em seu Instagram sobre como a menstruação é tratada, que por falta de conhecimento do próprio corpo e do ciclo menstrual, como um aspecto positivo e de saúde, neutralizam sofrimentos e, dessa forma, acabam tendo dificuldades de identificar anormalidades, como, por exemplo, em fluxos intensos. De acordo com um estudo apresentado pela empresa química e farmacêutica Bayer à Agência Nacional de Saúde, uma em cada dez mulheres sofrem de sangramento uterino anormal (SUA) e 59% delas não sabem.



Por isso, é essencial trazer à tona a educação menstrual, com informações seguras acerca da saúde feminina. E ter personalidades públicas falando sobre assuntos como esse só potencializa a causa. No vídeo, ela conversa com uma ginecologista para entender melhor o tema e ressalta que a mulher que necessita de mais de 16 absorventes por ciclo precisa estar atenta, pois, certamente, isso mostra que há algum tipo de desregulação em seu corpo.

Raíssa Assmann Kist, fundadora e CEO da Herself, marca de tecnologia para a menstruação, afirma que desmistificar pontos sobre o assunto é de grande responsabilidade de empresas e personalidades públicas. "Falar sobre menstruação é extremamente necessário, ainda mais no cenário atual em que vivemos. Quanto mais informações, dados e pesquisas, mais concientes as mulheres estarão do próprio ciclo e corpo. Para nós como empresa, também é muito importante abraçar essas causas, para que possamos acolher e apoiar muitas mulheres, podendo evitar diversas situações ou problemas como o do sangramento uterino anormal" explica.

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A ginecologista Viviane Monteiro aconselha que mulheres que têm experiências de um fluxo menstrual excessivamente intenso e longo devem procurar ginecologista o mais rápido possível, pois pode se tratar de menometrorragia ou menorragia, uma condição que afeta negativamente a qualidade de vida e saúde delas. "Muitas consequências e complicações podem surgir de um fluxo menstrual muito intenso e longo, como a anemia, por perda de nutrientes com o sangramento em excesso, desconforto e dor, além de poder ser um alerta para complicações futuras como miomas uterinos, pólipos, distúrbios de coagulação ou problemas hormonais", alerta.



Como tratar o Sangramento Uterino Anormal (SUA)?

O único tratamento disponível para SUA no Sistema de Saúde Suplementar é invasivo e trata-se da histerectomia, que consiste na retirada do útero, podendo atingir ovários e trompas, dependendo da gravidade.

Especialistas de saúde apontam que a escolha do contraceptivo pode ajudar muito e o implante do dispositivo intrauterino (DIU) hormonal para auxiliar no combate ao sangramento excessivo. "O dispositivo intrauterino (DIU) é uma opção de tratamento que pode ser eficaz para ajudar a controlar o sangramento excessivo da menstruação, além de não ser tão invasivo como uma cirurgia. O DIU pode reduzir o fluxo em até 98%. Os hormônios presentes no DIU atuam diretamente no útero, afinando o revestimento, que diminui o fluxo e também as cólicas.", destaca Viviane Monteiro.

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