A depilação a laser já faz parte da realidade de muitos atletas no Brasil, principalmente daqueles de alta performance. O método contribui para a melhora no rendimento e, para os paralímpicos, os benefícios vão além. Devido às maiores limitações físicas ou visuais, alguns atletas poderiam ter ainda mais dificuldade e gastar mais tempo para se depilar diariamente com outros métodos, para conseguir treinar e participar das competições.
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É o caso de Maria Carolina Santiago, nadadora e medalhista paralímpica e mundial. A atleta nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Até o fim de 2018, praticou natação convencional, quando migrou para o esporte paralímpico. "Considero a depilação a laser uma grande aliada na minha rotina. Não preciso mais me preocupar com os pelos, que na natação, são grandes complicadores, por conta do atrito. Ganho muito tempo no dia a dia, tenho menos uma preocupação e posso focar 100% nos treinos e competições, sem pensar que os pelos podem me incomodar ou prejudicar a minha performance ", diz.
Edênia Garcia, atleta tetracampeã mundial de natação e medalhista paralímpica, é outro exemplo. Cadeirante, nasceu com polineuropatia sensitiva motora, doença progressiva que prejudica os movimentos de braços e pernas. "Mais do que nunca, a depilação a laser é de alta performance. Possibilita melhor deslize na água e menos incômodos com pelos indesejados. E traz muita praticidade no meu dia a dia, pois precisaria disponibilizar mais esforço e tempo para outros métodos de depilação, e o tratamento a laser é mais rápido e prático", declara.
Na modalidade de esgrima não é diferente. Para a esgrimista Mônica Santos, atleta paralímpica, o tratamento a laser é sinônimo de liberdade. "A depilação a laser ajuda a diminuir o atrito com os uniformes. No meu dia a dia, posso focar e m treinar para melhorar minha performance em competições. Com a depilação a laser, sei que os pelos não irão me atrapalhar. Além de que não precisarei dispor de mais tempo da minha vida para cuidar disso".
Em 2022, a atleta teve um angioma medular, lesão que pressiona a medula. Durante o segundo mês de gestação foi recomendada a interrupção da gravidez para operar. Mas ela decidiu dar a luz à sua filha e só depois fazer a cirurgia. Como deixou para realizar sua cirurgia após o parto, Mônica não conseguiu reverter seu quadro. Apesar das adversidades, ela acredita que foi a escolha mais acertada que fez e, atualmente, participa de competições, ela que é conhecida como Mônica Monstrinha.
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