Em meio a ondas de calor cada vez mais frequentes, a relação entre temperatura e alimentação tornou-se um tópico de grande importância. O calor extremo não apenas afeta a disposição e preferências alimentares, mas também desafia os cozinheiros a adaptar suas técnicas e ingredientes para enfrentar as altas temperaturas.
Em uma entrevista à Agência France-Presse (AFP), Carolin Kroeger explicou que "se fizer calor hoje, a insegurança alimentar pode chegar em poucos dias, pois as pessoas não podem trabalhar, não ganham dinheiro e, portanto, não têm os meios para comprar o que comer."
Segundo o chef de cozinha Adriano Leite, do restaurante mineiro Pois É, essa pesquisa ressalta um aspecto crítico das mudanças climáticas que frequentemente passa despercebido. As altas temperaturas não afetam apenas os agricultores e trabalhadores ao ar livre. Elas também têm um impacto direto sobre o que se coloca nos pratos.
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"É fascinante ver como as altas temperaturas podem se traduzir rapidamente em insegurança alimentar, criando um dilema preocupante. Isso reforça a importância de apoiar agricultores e trabalhadores de baixa renda, bem como a necessidade de buscar ingredientes sustentáveis e soluções climáticas conscientes em nossa cozinha", explica.
O calor e sua influência nas preferências alimentares
De acordo com Adriano, o calor extremo influencia diretamente as preferências alimentares. "Ninguém quer uma refeição pesada e quente em um dia escaldante. As pessoas buscam comidas leves, frescas e hidratantes", afirma.
O chef também destaca a importância da criatividade na cozinha durante o calor extremo. "É a oportunidade perfeita para experimentar novas receitas e técnicas. Molhos leves à base de iogurte, pratos marinados e opções de grelhados são excelentes escolhas", finaliza Adriano.