Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o câncer de mama é o segundo tumor maligno mais incidente no país e a principal forma de diagnosticar a doença é por meio do exame de mamografia. Aqui no Brasil, o Colégio Brasileiro de Radiologia recomenda a mamografia anual a partir dos 40 anos, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. A recomendação tem o apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e da Comissão de Nacional de Mamografia.



Segundo as entidades médicas, cerca de 40% dos casos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50 anos. O diagnóstico de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos é raro, representa em torno de 10% de todos os casos registrados. Mas, quando ocorre nessa faixa etária, a doença tende a ser mais agressiva. O Ministério da Saúde, por sua vez, preconiza o rastreamento bienal para mulheres a partir dos 50 anos.

Um levantamento inédito do Laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury aponta aumento na procura pelo exame, entre as mulheres com até 40 anos, desde 2021. Em 2021 o aumento foi de 15%, em 2022 subiu 9% e em 2023, até o momento, cresceu 35%.

"Essa recomendação visa reduzir a mortalidade pela doença, o que foi comprovado pelos estudos controlados randomizados. Além disso, a detecção precoce do câncer de mama reduz a extensão e a morbidade do tratamento, gerando melhor qualidade de vida para essas mulheres", afirma a radiologista especialista em mama do Laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury, Ivie Braga.



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Segundo a especialista, a mamografia entra como uma arma que pode auxiliar na detecção precoce da doença, quando realizada em mulheres assintomáticas, em uma faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática. Dentre suas vantagens, estão: a redução da mortalidade pela doença, diminuição dos traumas físicos (tratamento em fases mais precoces), maior sobrevida, arrefecimento dos traumas familiares e o menor custo para sociedade relacionado à perda de um indivíduo produtivo.

Em 2020, ano do pico da pandemia da COVID-19, assim como no Sistema Único de Saúde (SUS), a realização de mamografias reduziu em 7% entre as mulheres de 40 anos e 15% entre as mulheres abaixo de 50 anos. Essa queda afeta desde o rastreamento e diagnóstico até o tratamento, gerando potencial impacto no prognóstico futuro da doença.

Mamografia em mulheres com até 40 anos

Em 2020, a procura caiu 7% em relação a 2019
Em 2021, a procura cresceu 15,5% em relação a 2020
Em 2022, a procura subiu 9,2%, em relação a 2021
Em 2023, parcialmente até agosto, o aumento é de 35%, em relação ao mesmo período de 2022

Mamografia em mulheres com até 50 anos

Em 2020, a procura pelo exame caiu 15,2%, em comparação com 2019
Em 2021, a procura pelo exame aumentou 25%, em comparação com 2020
Em 2022, a procura caiu 1,9%, em comparação com 2021
Em 2023, parcialmente até agosto, o aumento é de 3%

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