oncologistas Graziella Pilló e Mariana Cunha

Graziella e Mariana atendem pacientes em hospitais públicos e clínicas particulares na capital mineira

Arquivo pessoal


Receber o diagnóstico de um câncer não é fácil. Logo após a notícia, inicia-se o tratamento - que por vezes, pode ser invasivo e afetar a saúde física e emocional do paciente. Medos e dúvidas são comuns, por parte dos pacientes oncológicos, nos consultórios. Contudo, por parte do oncologista há também receios e uma série de desafios, por exemplo, em uma consulta convencional não é abordado temas ligados à questões emocionais e/ou espirituais. É com essa carência que as oncologistas Mariana Cunha e Graziela Pilló criaram o podcast "PodFalar de câncer, sim!" 

O nome foi escolhido porque ainda hoje tem muita gente que sequer menciona o nome da doença. "Tem paciente que acha que falar a palavra câncer vai piorar o quadro. O podcast vai trazer informação, esclarecer dúvidas e abordar assuntos que nem sempre são possíveis numa consulta médica ", antecipa Graziella Pilló. 



Os assuntos são os mais variados, desde nutrição à vida sexual do paciente oncológico, já que muitos têm vergonha de  expor aspectos íntimos do tratamento. Toda semana as médicas vão trazer especialistas em várias áreas, além  de histórias inspiradoras de quem passou ou passa pelo tratamento oncológico, e todos os temas serão tratados com muita leveza "Nossa ideia é explorar os assuntos que raramente cabem nos limites de um consultório.  Mostrar que nossa jornada pode se transformar em uma busca incrível pelo autoconhecimento e, claro, por mais saúde e qualidade de vida ", conta Mariana Cunha.

A doença não define o paciente

Graziella e Mariana atendem pacientes em hospitais públicos e clínicas particulares na capital mineira. Convivem diariamente com a realidade cansativa e árdua de quem lida com a doença. "A partir do diagnóstico muitos pacientes resumem sua vida ao câncer. Queremos mostrar que essa pessoa tem uma história,  uma vida e sonhos antes do câncer.  Mostrar que é possível olhar pra frente , mesmo em tratamento. Uma doença não precisa definir um paciente", ressalta Mariana Cunha. 

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O olhar multidisciplinar, o tratamento do corpo e mente são peças chave durante o tratamento. "Cada paciente é único, logo a forma de reagir à doença também. Por isso, buscamos inspirar cada indivíduo, com muita informação e positividade,  isso permite que o tratamento aconteça de forma mais eficaz", defende Graziella.