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Entre as novas tecnologias disponíveis para diagnosticar cadiopatias está o Ecocardiograma Fetal Tridimensional

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A  campanha de conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares, com o avanço da ciência, tem como como aliado o diagnóstico precoce, inclusive no feto, das cardiopatias congênitas – terceira principal causa de mortalidade neonatal, no país. Segundo o Ministério da Saúde, essas condições, caracterizadas por um conjunto de malformações na estrutura ou na função do coração, afetam 30 mil crianças, anualmente, no Brasil. Cerca de 6% dessas crianças morrem antes de completar o primeiro ano de vida.

De acordo com a Dra. Rayra Maciel, Ultrassonografia, Ginecologia e Obstetra do São Marcos - Saúde e Medicina Diagnóstica-,  a prevenção pode colaborar para minimizar essas estatísticas. “Ao permitirem a detecção de cardiopatias congênitas ainda no início da gestação, eles aumentam as possibilidades de tratamentos mais efetivos e intervenções intrauterina, com o bebê ainda na barriga da mãe ou logo após o nascimento, nos casos necessários. Isso salva muitas vidas”, argumenta, ressaltando ainda a importância do diagnóstico precoce para o planejamento do parto.


Entre as novas tecnologias disponíveis está o Ecocardiograma Fetal Tridimensional. Realizado, preferencialmente, entre a 24ª e a 28ª semanas de gravidez, ele estuda detalhadamente a anatomia cardíaca do feto, englobando também avaliação da função do coração. “É um exame muito importante para elucidar diferentes suspeitas, como alterações nas artérias, defeito do septo atrioventricular, alterações congênitas, entre outras cardiopatias”, explica.


Segundo a médica, o Ecocardiograma Fetal Tridimensional é formalmente indicado a todas as pacientes consideradas de alto risco gestacional para cardiopatia congênita, embora a Sociedade Brasileira de Cardiologia Pediátrica recomende sua realização universal. “O tempo e a qualidade do ecocardiograma são diretamente dependentes de fatores como idade gestacional, quantidade de líquido amniótico, posição placentária, posição fetal, obesidade materna e experiência do examinador”, observa, ressaltando que há, entretanto, limitações para o diagnóstico de estenoses discretas, coarctação da aorta e anomalias de drenagem venosa.

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A   Dra. Rayra ressalta que existem outras indicações para avaliar a saúde do coração do bebê. São realizados, por exemplo, vários exames ultrassonográficos durante o pré-natal, entre eles, ultrassonografia de 1º trimestre, ultrassonografia obstétrica de 1º e 2º trimestres, ultrassonografia obstétrica com dopplervelocimetria, perfil biofísico fetal e ultrassonografias morfológicas, que têm a finalidade de avaliar a anatomia fetal, de forma detalhada, para confirmar sua normalidade ou detectar possíveis alterações morfológicas.