A síndrome metabólica é, segundo o Ministério da Saúde, um conjunto de fatores de risco que se manifestam em uma pessoa e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. É causada pela resistência à ação da insulina (hormônio responsável pelo metabolismo da glicose), daí vem o outro nome dessa condição: síndrome de resistência à insulina. O que acontece é que o hormônio age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina e elevando o seu nível no sangue.





Pessoas acima de 40 anos, com histórico familiar de diabetes, fumantes, sedentárias e que se alimentam mal, são as mais propensas a desenvolvê-la; o acúmulo de gordura na região abdominal é um dos principais indicadores da síndrome.



“Estar atento a esses sintomas e realizar exames regularmente é fundamental para evitar complicações de saúde.”, afirma o Rizzieri Gomes, cardiologista, focado na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes.  “Quanto antes identificarmos a síndrome metabólica, maiores são as chances de prevenir e combater problemas causados pela síndrome”, enfatiza.

'Quanto antes identificarmos a síndrome metabólica, maiores são as chances de prevenir e combater problemas causados pela síndrome'

(foto: Arquivo Pessoal )
Os fatores de risco listados pelo Ministério da Saúde são:

- Grande quantidade de gordura abdominal: em homens, cintura com mais de 102 cm e nas mulheres, maior que 88 cm

- Baixo HDL (“bom colesterol”): em homens, menos que 40mg/dl e nas mulheres menos do que 50mg/dl

- Triglicerídeos elevados (nível de gordura no sangue): 150mg/dl ou superior

- Pressão sanguínea alta: 135/85 mmHg ou superior ou se está utilizando algum medicamento para reduzir a pressão

- Glicose elevada: 110mg/dl ou superior 

Leia também: Doença cardíaca: os fatores de risco menos conhecidos e como reduzi-los

“Alguns indicativos que podem ser percebidos mesmo sem exames laboratoriais são cansaço excessivo e histórico familiar de diabetes e pressão alta”, acrescenta Rizzieri. “Quem apresentar três ou mais desses fatores precisa do acompanhamento de um profissional de saúde o quanto antes e investigar a necessidade de tratamento.”





A síndrome metabólica pode ser prevenida e tratada com mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas, verduras e legumes, e pobre em gorduras saturadas e carboidratos simples. Além disso, é importante praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo e controlar o estresse. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para baixar a pressão, o colesterol ou a glicose. O acompanhamento médico é essencial para avaliar os riscos e orientar o tratamento adequado.

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