Considerada uma doença rara, a deficiência no hormônio do crescimento atinge uma a cada 4 mil crianças no mundo, segundo a literatura médica. A condição ocorre, principalmente, porque a hipófise (glândula na parte inferior do cérebro) produz pouco GH (growth hormone, em inglês), o chamado hormônio do crescimento, causando baixa estatura, dentição atrasada e outros sintomas. Mas, com o diagnóstico precoce e o tratamento para a deficiência, é possível tratar e minimizar seus efeitos.
O diagnóstico da deficiência hormonal em crianças envolve uma avaliação clínica detalhada, análises de sangue e, em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética. Um dos primeiros passos é observar se o crescimento segue os padrões. No primeiro ano de vida, por exemplo, a criança deve crescer cerca de 25 centímetros. Já entre os três anos e o início da puberdade, de cinco a sete centímetros por ano.
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"O acompanhamento médico nesse processo de crescimento da criança é muito importante para identificar a deficiência hormonal de GH nos estágios iniciais, quando houver. Já, após o diagnóstico, é o médico quem poderá identificar a causa da deficiência e indicar o melhor tratamento", orienta a especialista.
Além da ausência de crescimento, outros sintomas também podem indicar a deficiência. Dentre eles estão o baixo nível de açúcar no sangue ao nascer, falta ou atraso do desenvolvimento sexual na puberdade, voz estridente e cabelos finos. Quando há combinação com outras deficiências hormonais, pode ainda ocasionar sede em excesso, urina em excesso e anormalidades faciais, que são mais raras.
Exame
Quando surgem alguns sintomas ligados à deficiência hormonal, o médico pode solicitar também exames de sangue que confirmem o diagnóstico. De acordo com a bioquímica Luciana Figueira, o teste é feito quando existe baixa estatura ou ausência total de crescimento a partir dos dois anos.
"O diagnóstico da deficiência do hormônio do crescimento é feito também por meio de exames de sangue para dosar os níveis de GH (hormônio do crescimento). O exame precisa ser realizado em jejum e sob supervisão do médico endocrinologista, que fará o acompanhamento durante todo o processo de coleta das amostras a serem analisadas. O resultado fica pronto em quatro dias úteis", explica a profissional.
Tratamento
A endócrino-pediatra Pietra Moleirinho destaca que, "com o tratamento certo, o que inclui a reposição com hormônio do crescimento, nutrição adequada e bons hábitos de vida, é possível minimizar os efeitos da doença e promover um crescimento satisfatório e saudável".