Shinyashiki enfatiza a necessidade de o leitor tomar consciência de que não está sozinho em sua jornada de conexão

Shinyashiki enfatiza a necessidade de o leitor tomar consciência de que não está sozinho em sua jornada de conexão

Italo Yukimaro/Divulgação

Em um mundo marcado pela conexão imediata propiciada pelas redes sociais, é curioso que cada vez mais as pessoas se sintam isoladas, solitárias e tristes. Para o psiquiatra, escritor best-seller e palestrante, Roberto Shinyashiki, isso ocorre porque, apesar de facilitar a relação entre as pessoas, o tipo de laço que as tecnologias propiciam são frios, impessoais, em sua maioria desprovidos de significado. O resultado disso, segundo Shinyashiki, é uma epidemia de aflições, caracterizada por diversos tipos de transtornos e distúrbios físicos e emocionais.

O escritor destaca que a vacina para essa doença se encontra nas conexões de afeto verdadeiras que permitem ao indivíduo sentir-se amado e ajudar os outros a se sentirem importantes. Nesse sentido, Shinyashiki escreveu o livro Inteligência Afetiva - o carinho ainda é essencial, lançado neste mês pela Editora Gente. Na obra, ele retoma, atualiza e desenvolve um tema que o acompanha desde a publicação do seu primeiro livro A carícia essencial e propõe a inteligência afetiva como competência fundamental para preencher a lacuna emocional da atualidade e promover relacionamentos mais autênticos e significativos.

Para entender melhor o poder e o alcance da inteligência afetiva, logo no início da obra Shinyashiki define seu conceito. "Trata-se da habilidade de compreender, assimilar e usar afetivamente nossos pensamentos, nossas emoções e ações nos vínculos interpessoais para cultivar relacionamentos plenos. A inteligência afetiva é a base da comunicação eficaz, da compreensão empática e da promoção de harmonia em nossos relacionamentos", diz.

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Apresentado o conceito e com a promessa de que o leitor descobrirá um caminho para desenvolvê-la e usufruir de uma plenitude permanente, o autor parte nos capítulos subsequentes para um mergulho no tema principal da obra. No segundo capítulo, apresenta a DABA, acrônimo de (D)epressão(A)nsiedade(B)urnout e (A)gressividade, conjunto de sintomas que mapeou conversando com as áreas de recursos humanos das empresas para quem palestrou. "Trata-se das quatro maiores queixas dos profissionais, que têm se tornado cada vez mais comuns não só no trabalho, mas também na vida pessoal", explica.

Conforme Shinyashiki, "para sair dessa loucura que é viver com DABA", além de contar com a ajuda médica no alívio dos sintomas, a pessoa necessita trabalhar em três frentes: mudar seu estilo de vida, colocando a inteligência afetiva na sua maneira de se relacionar; participar de grupos de pessoas que sejam abundantes em afeto e alegria; e criar rotinas na sua vida profissional e pessoal nas quais se sinta amado, e ajudar as pessoas ao seu redor a se sentirem mais amadas.

O terceiro capítulo aborda os perigos da solidão, explicando como aquele que se habitua a esse estado acabado se tornando avesso a qualquer tipo de contato afetivo, desenvolvendo um ciclo de falta de amor, resultado de um mecanismo de defesa em que a pessoa para evitar ser rejeitada acaba rejeitando primeiro. Neste capítulo, Shinyashiki trata com mais profundidade do isolamento social ocasionado pela internet. "A interação digital, apesar de intensa, não é profunda o suficiente para que possamos compartilhar todos os sentimentos, criar conexões e fortalecer vínculos afetivos", diz.

Sendo assim, o autor pede aos seus leitores que saiam da frente da tela do computador do celular, parem de competir por quem aparenta ser mais bem-sucedido, e busquem fazer conexões para valer. Esse é o tema do quarto capítulo do livro. "Sem as conexões para valer estamos fadados a uma existência vazia e nos tornamos uma presa fácil para o DABA", ressalta. O início para o caminho de estabelecer relacionamentos com significado, explica Shinyashiki, baseia-se em três pilares: a conexão com si mesmo, a conexão com o outro, e a conexão com o grupo, que se apresentam para as pessoas através da autoconsciência, da empatia e do pertencimento, respectivamente.

O autor ressalta que, dando atenção a esses três pilares da conexão humana, o leitor poderá experimentar um sentimento pleno de pertencimento, felicidade e realização. "Mas tenha em mente que a conexão humana é uma jornada e não um destino. Esse livro é um convite para embarcar nessa jornada de redescoberta, para se conectar mais profundamente com si mesmo, com os outros e com suas comunidades. E lembre-se: não importa onde você esteja em sua jornada, você nunca está sozinho", afirma.

Enfatizando a necessidade de o leitor tomar consciência de que não está sozinho em sua jornada de conexão, Shinyashiki dedica o quinto capítulo à importância de criar times imbatíveis na vida. Dialogando principalmente com o mundo corporativo, nessa parte o autor afirma que criar times imbatíveis é crucial para qualquer organização que busca se destacar em um mercado competitivo. "Essas equipes trazem benefícios significativos, como inovação, colaboração, motivação e resultados excepcionais. Investir na formação e no desenvolvimento desses times é um passo fundamental para o sucesso a longo prazo", diz.

Nesse capítulo, Shinyashiki apresenta também uma abordagem para o desenvolvimento de uma leitura instantânea que permite identificar, compreender e acompanhar o que está acontecendo em tempo real com um grupo de pessoas para se posicionar corretamente diante dele e aprofundar sua conexão. Observação atenta, escuta profunda, conhecimento contextual e intuição e sensibilidade são as quatro atitudes fundamentais dessa abordagem, segundo o autor, que trata ainda no capítulo sobre a importância de o leitor prestar atenção nas pessoas que são peças fundamentais da engrenagem da sua vida, mas as quais não dá a devida atenção. "Elas são os times invisíveis da nossa vida, a base de nossas conquistas", aponta.

Fazer o outro se sentir importante é essencial para manter relacionamentos saudáveis, diz Shinyashiki, porque o afeto ocupa lugar essencial na vida de qualquer um. "O afeto é a unidade do reconhecimento humano. As pessoas demonstram que se reconhecem, que se importam umas com as outras por meio da troca do afeto. Estímulos afetivos são vitais, verdadeiramente necessários à vida." Sendo assim, o capítulo seis traz a dinâmica dos estímulos afetivos, destacando que existem diferentes tipos: positivos e negativos, condicionais e incondicionais, adequados e inadequado, e falsos.

Depois de apresentar cada um deles, o autor se debruça sobre um tipo especial de estímulo afetivo: o essencial. Ele recebe esse nome porque é o único capaz de curar uma dor incessante, resultado de uma ferida criada lá atrás que continua aberta, ou seja, que continua viva no inconsciente. Esse estímulo se encontra nos conselhos verdadeiros e de quem só te quer bem. "O afeto essencial está no amor que você recebe, no elogio que reconhece sua competência e até naquela bronca que mostra que é hora de mudar para melhor", afirma.

Não obstante ser imprescindível transmitir afeto, grande parte das pessoas não sabem fazê-lo. "A raiz do problema reside na nossa tendência de focar na mensagem que queremos transmitir, sem dar a devida atenção à maneira como ela é recebida pelo outro", explica. Tendo em vista essa dificuldade, Shinyashiki desenvolveu a técnica Transação Afetiva Universal (TAU), a qual apresenta no capítulo 7 do livro. "Trata-se de uma fala específica que consiste em dois passos: no primeiro, você ajuda a outra pessoa a se sentir importante e, no segundo, você cria um futuro para ela", explica. Para evitar que a TAU se transforme em um instrumento de manipulação, Shinyashiki ressalta que ela precisa nascer da conexão afetiva e do seu interesse de que o outro se sinta importante.

Dando prosseguimento à jornada de conhecimento sobre a inteligência afetiva, o escritor apresenta no capítulo 8 algumas atitudes que podem fazer o leitor aumentar seu quociente de inteligência afetiva (QA) e, dessa forma, obter ganhos para sua vida pessoal e profissional. São elas: investir em educação; selecionar o ambiente; destravar a mente; melhorar os relacionamentos; e aprender atitudes e comportamentos. No capítulo, Shinyashiki ainda trata a respeito de ações necessárias para concretizar as mudanças que pavimentam o caminho do autodesenvolvimento. Algumas delas são: ter coragem para mudar; assumir uma atitude de permanente evolução; ser humilde; evitar repetir os mesmos padrões; encontrar uma tribo; e executar um plano de ação.

Capa do livro

Capa do livro

Divulgação
No final de dezembro do ano passado, após sentir fortes dores na panturrilha, Shinyashiki descobriu uma trombose, que poderia ser fatal caso não ficasse em completo repouso. No período em que ficou em compasso de espera para cuidar da doença, o autor refletiu bastante sobre sua vida e identificou cinco princípios que orientaram sua trajetória. No capítulo final da obra, o escritor os compartilha, desejando que possam ser de grande valia também aos leitores. São eles: dar menos tempo para quem o aplaude para ter mais tempo para quem o ama; não trocar paz de espírito por paixão; não apressar o rio, pois ele corre sozinho; vencer o outro nem sempre é uma vitória; e o infinito é muito grande.

Ficha técnica
Inteligência Afetiva - o carinho ainda é essencial
De Roberto Shinyashiki
192 páginas
Preço de capa: R$ 64,90
Preço e-book: R$ 45,40
Selo: Gente
Gênero: Desenvolvimento pessoal