braço com urticária

Respostas emocionais intensas podem afetar negativamente o sistema imunológico, levando a uma liberação de substâncias químicas no corpo, como histamina, que desencadeiam a urticária

Hamrayev Zafarjon/WikimediaCommons


A urticária é uma condição de pele caracterizada por manchas vermelhas e elevadas com coceira intensa. Embora muitas vezes seja atribuída a alergias ou irritantes físicos, há um crescente corpo de evidências que sugere que as emoções desempenham um papel significativo no desenvolvimento e agravamento dessa condição cutânea incompreendida.  

Adicionalmente, é também denominada como urticária psicossomática, caracterizando-se por uma condição em que o estresse, ansiedade, raiva ou outras emoções intensas têm o potencial de desencadear ou agravar os sintomas da urticária em certos indivíduos.

A ligação entre a saúde mental e a saúde da pele permanece um tópico em evolução, porém médicos e investigadores estão aprofundando o entendimento sobre como as emoções podem impactar a manifestação desta condição dermatológica.
Estudos dermatológicos apontam que 30% dos problemas de pele são desencadeados por fatores psicológicos e emocionais, já que o sistema imunológico humano é altamente complexo e interconectado com o sistema nervoso.

Sistema imunológico 

As respostas emocionais intensas podem afetar negativamente o sistema imunológico, levando a uma liberação de substâncias químicas no corpo, como histamina, que desencadeiam a urticária. Essa ligação entre mente e pele está se tornando cada vez mais evidente. 

De acordo com Jair Soares, psicólogo e presidente do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT), o estresse crônico e a ansiedade são frequentemente citados como um dos principais desencadeadores da urticária emocional.

“A ansiedade e a depressão têm sido associadas a um aumento na gravidade e recorrência dos sintomas da urticária. Há casos de clientes que sofrem de transtornos de ansiedade generalizada (TAG) e muitas vezes relatam episódios de urticária associados a momentos de preocupação intensa”, explica Jair Soares. 

O psicólogo continua dizendo que na maioria dos casos, é frequente observar  indivíduos com urticária emocional que podem manifestar outras mudanças psicológicas comportamentais, além da doença, como dores de cabeça e presença de sintomas de depressão.

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Para Jair Soares, quando o antialérgico não funciona e o cliente passa por momentos de instabilidade emocional, vale a pena encaminhá-lo para um tratamento que investigue as causas emocionais para tratá-las. 

Urticária emocional

O psicólgo afirma que as pessoas que estão sofrendo com sintomas de urticária emocional precisam de ajuda necessária para obter resultados o mais rápido possível. O especialista conta que criou uma metodologia chamada Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), metodologia que tem se mostrado eficaz e rápida, comparado a outros métodos terapêuticos que podem levar anos para tratar e conseguir resolver o problema, principalmente o que se tange a doenças psicossomáticas. 

“Um dos grandes diferenciais desta metodologia terapêutica é buscar as raízes dos problemas emocionais que serviram como gatilho para disparar essa resposta de alergia intensa no corpo, como por exemplo, a urticária. E, em seguida, com uma abordagem voltada para obtenção de resultados, reprocessamos essas dores, traumas e marcas emocionais, reestruturando o psiquismo desta pessoa. Isso tem nos trazido uma imensa quantidade de depoimentos de pessoas que se dizem completamente livres desses problemas e podemos perceber que as doenças crônicas desaparecem”, afirma Jair Soares. 
A TRG é breve e, geralmente, com um número reduzido de sessões em comparação com a abordagem convencional que pode levar entre três, quatro ou cinco anos. A ênfase é dada à urgência de aliviar o sofrimento do cliente: “É por isso que está havendo muita procura pelo tratamento, para se livrarem de fato dos sintomas e ter uma qualidade de vida que merecem, sem doenças físicas e sintomas emocionais. Sempre costumo dizer que quem tem dor tem pressa”, destaca o psicólogo.