mulher com  as mãos na barriga

Estudo da FMCG Gurus mostra que 88% dos consumidores nos Estados Unidos associam o uso de probióticos à imunidade

Alicia Harper/Pixabay
 

Quando as pessoas estão fisicamente saudáveis, elas têm mais energia para as atividades diárias, aproveitar momentos de lazer e cumprir as responsabilidades. Portanto, cultivar uma flora intestinal saudável e equilibrada, com os probióticos como melhores amigos, é uma jornada contínua em direção a uma vida mais leve e vibrante.

Liz Galvão, nutricionista parceira da Verde Campo, explica que sistema gastrointestinal, muitas vezes negligenciado por boa parte das pessoas, desempenha um papel fundamental no bem-estar geral do organismo: "Seu bom funcionamento não é apenas responsável pela digestão dos alimentos, como também reflete na absorção de nutrientes essenciais e na manutenção do equilíbrio de todo o corpo. Nesse contexto, alimentos ricos em micro-organismos vivos – os chamados probióticos –consagram-se aliados no processo".

A nutricionista conta que, de acordo com um estudo da FMCG Gurus, que fornece pesquisas e insights sobre as atitudes e os comportamentos nos mercados de alimentos, 88% dos consumidores nos Estados Unidos associam o uso de probióticos à imunidade.

Os benefícios dos probióticos 

Liz Galvão afirma que, entre inúmeros benefícios dos probióticos, estão: aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas; produção de citocinas anti-inflamatórias; reestabelecimento da microbiota normal depois do tratamento com antimicrobianos etc.
A nutricionista lembra que, composta por uma comunidade diversificada de bactérias “do bem” que promovem uma série de funções cruciais para a saúde, a microbiota intestinal, quando bem equilibrada, ao em vez de afirmar com “age” precisamos dizer “pode auxiliar” já que tudo depende de uma junção de fatores de hábitos na modulação da resposta imunológica, na proteção contra agentes patogênicos.

Portanto, Liz Galvão enfatiza que qualquer alteração na composição da microbiota intestinal pode levar à disbiose, ou seja, quando as bactérias do trato gastrointestinal ficam desequilibradas, o que prejudica a saúde do indivíduo a partir da inflamação.

Como os probióticos atuam?

Liz Galvão destaca que os gêneros mais utilizados como probióticos são os Lactobacillus e os Bifidobacterium. Proporcionando um efeito protetor sobre a microbiota intestinal, graças à colonização de bactérias benéficas e da atividade transitória, agem por diversas vias:
  • Estimulam os mecanismos imunológicos;
  • Aumentam a acidez do intestino ao produzirem compostos orgânicos, diminuindo a multiplicação de agentes patogênicos;
  • Favorecem a produção de produtos metabólicos, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs).

Lácteos enriquecidos

De acordo com a nutricionista, hoje, o mercado está repleto de opções de lácteos enriquecidos com probióticos, que se tornaram queridinhos da indústria e dos consumidores. Nesse sentido, é sempre indicado ler os pormenores nos rótulos para investir em uma marca que preza pela transparência e de confiança: "A dica é privilegiar opções com ingredientes de origem natural e livre de conservantes. Há produtos, inclusive, na versão triplo zero: sem adição de açúcares, zero gorduras totais e sem lactose. 
Tratam-se de opções práticas e com diversidade de sabores que tornam o consumo regular de probióticos mais acessível".
Liz Galvão avisa que os laticínios aumentam a sobrevivência dos probióticos ao suco gástrico, por terem efeito tamponante (redução na variação de pH) e protetor, aprimorando o valor nutricional ao liberarem aminoácidos livres e sintetizarem vitaminas, agregando valor aos produtos.