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Um caso de amor com as piscinas

Campeonato Brasileiro Máster disputado no Jaraguá traz a BH atletas como Maria Salvadora, de 79 anos e dona de dois ouros em Mundiais


postado em 02/11/2018 05:07

Maria Salvadora deixou o esporte aos 18 anos, para se casar com Luiz Augusto Moreira Penna, e retornou aos 56. Hoje, ele a acompanha nas competições pelo Brasil e pelo mundo(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Maria Salvadora deixou o esporte aos 18 anos, para se casar com Luiz Augusto Moreira Penna, e retornou aos 56. Hoje, ele a acompanha nas competições pelo Brasil e pelo mundo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O 62º Campeonato Brasileiro Máster de Natação, que vai até domingo no Jaraguá Clube, trouxe a Belo Horizonte uma bicampeã mundial. Trata-se da carioca Maria Salvadora, de 79 anos, que conquistou ouro em duas etapas do Campeonato Mundial na prova dos 400m livre, em Riccione (na Itália, onde também foi ouro nos 800m livre) e Montreal (no Canadá). Hoje, as provas vão das 7h30 às 18h30. Às 14h haverá a solenidade de abertura oficial da competição – apesar de as disputas terem começado ontem.

A história de Maria Salvadora, de certa forma, está relacionada a Minas Gerais. Seu marido, o engenheiro aposentado Luiz Augusto Moreira Penna, de 85, que a acompanha em todas as competições, é bisneto de Afonso Pena, ex-governador de Minas Gerais (de 1892 a 1894) e ex-presidente do Brasil – de 1906 a 1909, quando faleceu. “Eu sou o manager dela”, brinca Luiz, explicando que não nada e nunca nadou: “Só atrapalhei a carreira dela, pois era nadadora, mas começou a me namorar aos 12 anos, depois nos casamos, aí a carreira acabou”.

Maria Salvadora ri quando o marido fala isso. “Comecei a nadar no Fluminense, muito cedo. Nasci na piscina. Só aos 10 anos fui colocada para competir. E o diretor de natação do Fluminense era o Luiz Augusto. Aí começamos a namorar. Eu tinha apenas 12 anos. Nadei até os 18. Fui para a faculdade, queria ser professora. Depois que nos casamos, nos mudamos para Brasília, pois ele foi ser engenheiro na construção de Brasília. Depois São Paulo e voltamos ao Rio.”

No retorno, ela voltou à faculdade e se formou professora de biologia. “Foi graças a ele, que sempre me ajudou e apoiou”, ressalta. O retorno às piscinas ocorreu quando ela tinha 56 anos: “Daí não parei mais, nem mesmo com as duas cirurgias que fiz na coluna. Passei a vencer as provas e esta se tornou a minha vida, aliás, a nossa vida, pois ele vai a todo lugar comigo”.

TRIUNFOS Foi assim na Itália, quando ela conquistou duas medalhas de ouro em Riccione. “Lá, ninguém a conhecia. Pois ela pulou duas vezes na água e saiu com o ouro em ambas”, conta o marido, orgulhoso. “Depois fomos a Montreal e ela ganhou novamente.”

Maria Salvadora conta que nos dois Mundiais o objetivo era conhecer os lugares, não vencer as provas. “Mas eu fui bem e ganhei o ouro. Fiquei muito feliz. Não nado para ganhar, não tenho essa expectativa. Fico nervosa e com medo antes de toda prova. Gosto, na verdade de treinar, de estar dentro d’água, não de competir”, diz ela, que em BH compete nos 100, 200, 400 e 800m livres. O marido avisa: “Ela vai ganhar. Eu sei”.

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