Jornal Estado de Minas

A amarelinha consagra. A amarelinha derruba

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis



Eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira chega ao fim desta temporada com alguns de seus jogadores em xeque. Um deles, o volante Fernandinho, não deve mais vestir a camisa verde-amarela, enquanto o atacante Gabriel Jesus admite que carregará o peso de não ter balançado as redes no Mundial. Quem revelou a ‘aposentadoria’ do meio-campista foi o técnico Tite, observando que deixou de convocar o atleta contra a sua vontade.

No que dependesse do treinador do Brasil, Fernandinho continuaria a ser chamado para defender a Seleção mesmo após o desempenho ruim diante da Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Em seu segundo Mundial – ele também esteve na derrota por 7 a 1 contra a Alemanha, em 2014 –, o atleta passou de pilar do time a um dos bodes expiatórios da ira dos fãs.

Tite pensou em convocar o atleta de 33 anos para o novo ciclo da Seleção, que atualmente está em preparação para a Copa América de 2019. No entanto, o volante revelou que se tornou alvo de ameaças de torcedores nas redes sociais, inclusive com ataques diretos à sua família. E, assim, decidiu que não aceitaria mais defender o Brasil caso fosse chamado. Assim, ele já estava ausente da primeira convocatória pós-Copa, para amistosos em setembro com El Salvador e Estados Unidos.

O técnico afirmou que insistiu para contar com o futebol de Fernandinho. “O primeiro atleta que senti vontade de convocar foi o Fernandinho.

O número 1. Ele é um jogador extraordinário, joga muito. Eu o preservei um pouquinho. Aí, entrei em contato com ele, o Edu (Gaspar, diretor de futebol da Seleção) entrou. Mas essa crueldade chegou à família dele e ele disse que prometeu à família que não vai voltar”, explicou o treinador, em entrevista ao SporTV.

A recusa do volante não foi aceita logo de cara por Tite, que prometeu voltar a convocá-lo se o jogador mudar de ideia. “Eu disse (a Fernandinho): ‘Conversa de novo’. Fui falar pessoalmente com ele porque a Seleção Brasileira tem muito orgulho de ter um atleta com essa dignidade e competência profissional.
Não sou burro de convocar jogador ruim. Chega de Barbosas”, afirmou, em referência ao ex-goleiro da Seleção na Copa do Mundo de 1950, que sofreu até os últimos dias da vida, crucificado pelo gol sofrido contra o Uruguai na final daquele torneio.

Antes do Mundial da Rússia, a expectativa do volante era otimista, mirando a chance de apagar o estigma criado a partir da goleada histórica diante da Alemanha. Numa de suas entrevistas, declarou: “É uma coisa que me assombra muito, durante muito tempo. Mas temos grandes chances de fazer um novo fim”.

PEÇA-CHAVE
Na Copa, atuou nas três partidas da fase de grupos, sempre entrando no decorrer dos jogos contra Suíça (1 a 1), Sérvia (2 a 0) e Costa Rica (2 a 0). Da mesma forma na vitória por 2 a 0 sobre o México, nas oitavas de final. Na eliminação nos 2 a 1 diante da Bélgica foi titular. Como a equipe, teve uma atuação desastrosa, falhando na marcação e tendo a infelicidade de marcar o gol contra que abriu o marcador para os adversários.

Fez 49 jogos com a camisa verde-amarela, marcando dois gols. Embora vindo do banco, era uma espécie de peça-chave com Tite, tendo participado de 19 duelos sob o comando do técnico, 10 deles saindo do banco..