Os dois gringos contratados pelo Atlético durante a Copa do Mundo da Rússia começarão a temporada de 2019 com novas perspectivas. A diretoria e a comissão técnica esperam que o armador uruguaio David Terans e o atacante colombiano Yimmi Chará estejam totalmente adaptados ao estilo do futebol brasileiro, depois de seis meses morando em Belo Horizonte, e assim, possam render mais sob o comando de Levir Culpi, especialmente na Copa Libertadores – que o Galo voltará a disputar depois de um ano de ausência.
Os dirigentes não hesitaram em investir pesado e firmar contratos longos com os dois estrangeiros. De acordo com a imprensa uruguaia, o Galo teria desembolsado U$$ 1 milhão (em torno de R$ 4 milhões) para contar com Terans, que tem vínculo até junho de 2023. Com Chará, o gasto foi muito maior: R$ 22 milhões, por tempo de contrato semelhante.
Depois de aparecer bem no Junior Barranquilla na Copa Sul-Americana de 2017, Chará chegou como substituto de Róger Guedes, negociado com o Shandong Luneng (CHI) também na janela de transferências no meio do ano. O colombiano fez boas exibições no início, mas depois viveu altos e baixos, seguindo a linha da equipe no Campeonato Brasileiro. Em 21 jogos, foram sete assistências e apenas um gol, em julho.
O camisa 11 acredita que teve desempenho razoável em sua primeira temporada no futebol brasileiro: “O futebol brasileiro é uma potência. É uma das ligas que mais atraem jogadores. Procurei fazer o melhor nesses meses, ajudando a equipe com assistências aos companheiros.
Maior regularidade no Atlético no ano que vem será uma importante vitrine para Chará, principalmente para ele se firmar de vez na Seleção Colombiana, que disputará a Copa América em território brasileiro. Recentemente, foi convocado para amistosos nos Estados Unidos e até fez um gol na vitória por 2 a 1 sobre a Venezuela.
MENOS BADALADO Diferentemente de Chará, David Terans chegou ao Brasil sem tanta badalação. Pelo Danubio, vinha sendo o artilheiro do Campeonato Uruguaio, com 14 gols. No Atlético, porém, foi escalado em posição diferente pelo então técnico Thiago Larghi – pelos lados do campo e não pelo meio, como estava habituado a atuar no Uruguai – em seus primeiros jogos e rendeu pouco, ficando a maioria das partidas no banco de reservas. Só cresceu de produção depois que Levir Culpi assumiu a equipe. Seu único gol em 19 partidas saiu na vitória sobre o Internacional por 2 a 1, em Porto Alegre, na reta final do Brasileiro.
O armador sabe que a concorrência será grande no ano que vem, mas projeta crescimento: “Sabia que quando chegasse ao Atlético seria difícil. É uma equipe grande, vencedora.