Não há como evitar: assim que o PSG confirmou que Neymar terá que se submeter a tratamento que deve tirá-lo de combate por dois meses e meio apareceram as primeiras piadas sobre o brasuca. Enquanto alguns questionavam se valia a pena ter um craque que “só joga meia temporada”, outros usaram até o termo maldição (seria do Barça?)... Exageros à parte, a realidade é que Neymar será o maior prejudicado nesta história.
Caso retorne aos gramados no tempo previsto pelo Paris Saint-Germain – primeira quinzena de abril –, Neymar perderá 16 partidas da equipe. Entretanto, dessas, considero apenas duas como essenciais: exatamente os duelos com o Manchester United pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Nos jogos regionais (Francês ou Copa da França), a ausência de Neymar nem será tão sentida assim, já que o desnível técnico é muito grande. Em relação à Seleção Brasileira muito menos, pois perderia apenas os amistosos de março, preparatórios para a Copa América.
O problema real estaria em seu retorno. Em caso de classificação do PSG sobre o United – na qual aposto –, a primeira partida das semifinais da Champions seria já em 9 ou 10 de abril. E Neymar teria que entrar em campo, mesmo que ainda longe de suas melhores condições, com a obrigação de fazer a diferença e provar, enfim, que valeu os 222 milhões de euros investidos pela equipe parisiense.
Resta saber se Neymar estará preparado para toda a cobrança que cairá sobre ele.
Mas que fria!
A janela de inverno europeia se fecha hoje nos principais mercados sem transferências bombásticas. A única exceção é o Chelsea, que acertou com o norte-americano Pusilic e o argentino Higuaín. Mas aí a situação foi diferente. O clube teve que se antecipar, pois corre o risco de ser impedido de contratar jogadores por dois anos. O motivo: violar o artigo 19 da Fifa, que estabelece que um clube não pode contratar menores de idade a não ser que os pais tenham imigrado por razões não relacionadas ao futebol. O clube diz que a maior parte dos atletas estava apenas em fase de experiência e garante que nos casos em que foram assinados contratos, foram respeitadas as regras da Fifa.
Se preparem...
Convidados para a Copa América, Catar e Japão farão amanhã a final da Copa da Ásia. Maiores vencedores do torneio (1992, 2000, 2004 e 2001), os nipônicos despontam como favoritos, mas os catarianos querem continuar surpreendendo e conquistar sua primeira taça. Nas semifinais, ambos não tiveram problemas: enquanto o Japão fez 3 a 0 no Irã, o Catar meteu 4 a 0 nos Emirados Árabes. Ainda há um fundo político por trás do confronto, afinal, o Catar é acusado de apoiar grupos terroristas e o regime ditatorial do Irã. Por esse fato, já rompeu relações diplomáticas com diversas nações do continente.
Agora vai?
No Sul-Americano Sub-20, a Seleção Brasileira ainda não deslanchou: na abertura do hexagonal final, não saiu do 0 a 0 com a Colômbia. Amanhã, encara a Venezuela, a quem sofreu para vencer por 2 a 1 na primeira fase. Por enquanto, o líder é o Equador (quem diria), que bateu a Argentina.
DE OLHO
Cucho Hernández
Considerado o maior talento colombiano desde James Rodriguez, ‘Cucho’ Hernández (foto), de 19 anos, tem as qualidades de um bom atacante: rapidez, ótima visão de jogo e boa finalização. Formado na base do Deportivo Pereira, clube de sua cidade natal, estreou como profissional em 2015, pouco antes de completar 16 anos. Com 23 gols em 57 jogos, chamou a atenção do Watford, que o contratou em 2017. Sem a autorização de trabalho britânica, foi emprestado para América de Cali (4 gols em 21 partidas) e Huesca, sendo essencial para que o pequeno clube subisse pela primeira vez à elite espanhola. Em junho, pode finalmente estrear pelo Watford... Ou até mesmo alçar maiores voos.