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Em qualquer circunstância, encarar o Villa Nova no acanhado Alçapão do Bonfim exige comprometimento acima do normal. Mas o Cruzeiro soube superar os fatores adversos da partida – calor intenso, gramado duro e pressão ao pé do ouvido da torcida da casa – para vencer o Leão por 3 a 0, no jogo que marcou a estreia do armador Rodriguinho, principal reforço do clube nesta temporada, e do lateral-esquerdo Dodô. O resultado foi importante para o time de Mano Menezes ganhar tranquilidade após empates na sequência com Atlético (1 a 1) e Boa (2 a 2).

Depois de seis anos, Nova Lima voltou a receber uma partida entre as duas equipes. O clima antes e durante o confronto foi de cordialidade entre as torcidas. Os vilanovenses foram maioria, até pelo salgado preço do ingresso destinado aos cruzeirenses (R$ 120 a inteira). Como em outros duelos, a popular charanga do Villa esteve presente para animar a festa. Mas, no fim, quem comemorou foi a torcida do time da capital, que no último encontro no campo do Leão, em 2013, havia goleado por 4 a 0, pelas semifinais do Mineiro.

As estreias de Dodô e de Rodriguinho foram atrações à parte no Cruzeiro. Mano decidiu colocar a dupla mesmo num gramado que não favorece o bom futebol.

Rodriguinho avaliou positivamente sua participação e elogiou o lado coletivo: “As coisas vão evoluindo e vou me dedicar ao máximo para estar 100% em pouco tempo. Fico feliz de ter estreado com essa camisa. Começar com vitória foi fundamental. Fizemos um jogo sólido. Conseguimos bom resultado no primeiro tempo e poderíamos ter feito mais. No segundo, administramos bem”.

Se Rodriguinho estreava, Fred foi o jogador que mais chamou a atenção dos torcedores desde o início. Até mesmo o preparador de goleiros do Villa, Celinho, fez foto com o goleador no momento do aquecimento.
Na entrada das equipes, o camisa 9 abraçou o volante Roger Bernardo, hoje no time de Nova Lima: eles atuaram juntos no Atlético, em 2017.

O calor foi um adversário adicional para jogadores titulares, reservas e até mesmo para os torcedores. Quando os termômetros marcaram 34º C, não havia sombra para uma parte da torcida do Villa e nem para os cruzeirenses. Logo, o jeito foi se espremer pelas arquibancadas. Já os reservas tentavam se proteger a todo custo do sol, mas sem saída.

DESTAQUE Justificando a expectativa inicial, Fred foi o nome celeste ao participar dos dois gols na etapa inicial. No primeiro, ele cabeceou com precisão depois de bom cruzamento de Orejuela, marcando pelo terceiro jogo consecutivo. Depois, o atacante iniciou a jogada que culminou no gol de Rafinha, que aproveitou rebote do goleiro Georgemy para chutar cruzado.

Por causa da alta temperatura, o ritmo da partida diminuiu na etapa complementar. Mano Menezes aproveitou para observar os armadores Renato Kayser e Thiago Neves e o atacante Raniel por alguns minutos. O reserva de Fred foi premiado com o terceiro gol já na parte final, depois de articulação iniciada por Renato Kayser.

A derrota manteve o Villa Nova na lanterna (a equipe ainda não venceu).
Vice-líder, a Raposa agora ganha uma semana inteira de preparação e só entra em campo no domingo, contra o Tupynambás, no Mineirão. Até lá, Mano Menezes aproveitará o tempo para dar mais encaixe à equipe.


Villa Nova
Georgemy; Renato Bruno, Rafael Vítor, Gabriel e Iury; Denílson, Eurico e Cassiano (Pinguim, intervalo); Diney, Higor (Joãozinho 27 do 2º) e Hiwry (Luiz Fernando, intervalo)
Técnico: Eugênio Souza

Cruzeiro
Fábio; Orejuela, Leo, Dedé e Dodô; Lucas Romero, Ariel Cabral, Rodriguinho (Thiago Neves 31 do 2º), Marquinhos Gabriel e Rafinha (Renato Kayser 22 do 2º); Fred (Raniel 34 do 2º)
Técnico: Mano Menezes

Quinta rodada do Campeonato Mineiro

Estádio: Castor Cifuentes
Gol: Fred 37 e Rafinha 47 do 1º; Raniel 35
do 1º
Árbitro: Igor Junio Benevenuto
Assistentes: Sidmar dos Santos Meurer e Magno Arantes Lira
Cartão amarelo: Hiwry, Orejuela, Pinguim, Iury, Eurico
Próximos jogos: Tombense (c), América (f) e URT (f)



Estrelada...

Raniel na mira
O Cruzeiro recebeu proposta do Santos pelo atacante Raniel, de 22 anos, mas recusou as bases apresentadas inicialmente. O clube paulista ofereceu US$ 3 milhões (cerca de R$ 10,9 milhões) por 50% dos direitos econômicos do jogador, que tem contrato com a Raposa até 2022. A informação foi divulgada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo Superesportes com o agente do jogador, Carlito Monteiro. Ele revelou que se reunirá com a diretoria celeste no início desta semana para tentar fechar a negociação.


Enquanto isso...

Patrocínio recorde
O Cruzeiro promete anunciar até o fim da próxima semana seu patrocinador máster para 2019. Desde a saída da Caixa Econômica Federal, o clube vem negociando o espaço principal no uniforme e recentemente sondou o Banco Renner, do Sul do país. De acordo com o diretor-geral, Sérgio Nonato, o valor que a Raposa receberá será recorde nacional, superando os R$ 80 milhões anuais pagos pela Crefisa ao Palmeiras. “Será o maior patrocínio da história do Cruzeiro. É um negócio muito grande. E, no fim do ano, seremos o clube que mais arrecadará com patrocínio máster”..