O “Galão da Massa”, como diz meu amigo Mário Henrique Caixa, um dos grandes narradores que temos, está na próxima fase da Libertadores. Venceu o Danubio, do Uruguai, por 3 a 2, gols de Luan e Ricardo Oliveira (2), descontando Grossmüller, de pênalti (inexistente), e Siles, ontem, no Independência lotado.
A diferença técnica entre uma equipe e outra é abissal. Se no jogo de ida o Galo empatou em 2 a 2, no de volta era sabido que o time uruguaio não suportaria a pressão nem tampouco a torcida fungando no cangote dos jogadores. Quando o maior e mais vencedor presidente da história do Atlético, Alexandre Kalil, criou aquele espaço, sabia que ali seu time era quase imbatível, e o presidente Sérgio Sette Câmara não abre mão de jogar no Independência. O Galo foi soberano. Fez 1 a 0 com Luan, em falha do goleiro uruguaio, e ampliou para 3 a 0, com dois gols de Ricardo Oliveira. O primeiro, numa penalidade sofrida por ele em jogada de velocidade. No segundo, em belo lançamento de Cazares, que o artilheiro recebeu e tocou após se livrar do goleiro: 3 a 0.
A defesa do século
Acordamos ontem com a triste notícia da morte de Gordon Banks, lendário goleiro, campeão do mundo em 1966 com a Inglaterra, aos 81 anos, decorrente de um câncer. Tive a honra e o privilégio de conhecê-lo, num amistoso entre Brasil e Jamaica, em Leicester, em 2003, quando ele estava em seu camarote (é um dos ídolos do clube) e passou pelo corredor. Não hesitei em tirar uma foto. Quem não se lembra daquela defesa histórica em 1970, na Copa do México, quando Pelé subiu no “nono” andar e cabeceou certeiro para o chão. A bola ia cruzando a linha do gol, quando Banks voou e fez a defesa do século! Imortalizada e lembrada por todos nós. A maior defesa que vi um goleiro fazer.
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