Depois de eliminar o Danubio, o Atlético encara outro adversário uruguaio na tentativa de chegar à fase de grupos da Copa Libertadores. Agora, a intenção de comissão técnica e jogadores alvinegros é de que o duelo com o Defensor amanhã, às 21h30 (de Brasília), em Montevidéu, não tenha tantos sustos como foram os dois primeiros confrontos pela competição sul-americana. A mobilização é também para que o Galo tenha mais segurança na retaguarda.
Os quatro gols sofridos nas duas partidas contra o Danubio chamam a atenção por terem ocorrido em circunstâncias diferentes e reforçam a necessidade de mais atenção de todo o sistema defensivo. No Uruguai, o time de Levir Culpi foi vazado numa jogada que começou na linha de fundo, explorando cochilo de Fábio Santos, e depois em cruzamento de escanteio que teve o camisa 6 como protagonista. Em Belo Horizonte, na semana seguinte, o Atlético levou mais dois gols: em pênalti cometido por Patric e, posteriormente, em chute de longa distância do volante Pablo Siles.
Um dos reforços contratados pelo alvinegro para esta temporada – custou R$ 12 milhões aos cofres alvinegros –, o zagueiro Igor Rabello reforça a importância de a equipe se manter atenta durante os 90 minutos: “Jogos de Libertadores são complicados. Tomamos os gols, mas temos de enaltecer que conseguimos a classificação. Claro que temos a evoluir, os jogos vão passando e vamos nos soltando e entrosando cada vez mais. Agora é focar no Defensor.
Além de Rabello, o Atlético investiu nas contratações do lateral-direito Guga (R$ 8 milhões) e trouxe de volta o experiente Réver, capitão do título da Libertadores de 2013.
O acerto defensivo é algo que Levir vem priorizando nos treinos desde a pré-temporada. Isso inclui a compactação dos volantes Adílson e Elias no meio-campo e a recomposição feita por Luan e Chará. Em 2019, o Galo mudou a zaga titular em relação ao ano passado: os recém-chegados Réver e Igor Rabello assumiram a posição e Leo Silva e Maidana têm atuado apenas no Campeonato Mineiro. A principal dor de cabeça do treinador tem sido a bola aérea, jogada que fez o alvinegro sofrer vários gols em todo o Campeonato Brasileiro do ano passado – antes mesmo de Levir assumir a equipe.
Igor Rabello sabe que as jogadas de cruzamentos e faltas podem ser fatais em confrontos de mata-mata, por isso alerta: “Sabemos como são os times do Uruguai. São competitivos. O Defensor gosta muito de jogo aéreo. Tem um jogador que eu conheço, o Navarro, que atuou no Botafogo.
EXCESSO DE CARTÕES Outro problema que a equipe atleticana tem de controlar é o excesso de cartões na Libertadores. Patric, Igor Rabello e Adílson foram amarelados no primeiro confronto com o Danubio, no Uruguai. No jogo de volta, o mesmo Patric (que ficou pendurado), Fábio Santos e Elias foram advertidos. “O cartão é assunto de palestra, pois você perde um jogador em partida decisiva e isso pode pesar muito. Vou conversando com eles”, afirma Levir.
O QUE AJUSTAR
* Marcação por zona nas bolas aéreas, algo que Levir defende desde que reassumiu a equipe
* Posicionamento dos laterais Fábio Santos e Patric
* Espaços entre a dupla de zaga e os volantes Adílson e Elias
* Recomposição de Luan e Chará quando o Galo estiver sem a bola
ATLETICANAS...
PALCO DO JOGO VETADO
A exemplo do que ocorreu em sua estreia na Copa Libertadores, o Atlético não poderá treinar no Estádio Luís Franzini, palco da partida contra o Defensor. A Conmebol não liberou o estádio para os jogadores alvinegros para preservar o gramado. Com isso, o Galo fechará sua preparação hoje, às 17h (de Brasília), no CT do Danubio.
DELEGAÇÃO
22
jogadores compõem a delegação do Atlético no Uruguai. Da lista de 25 inscritos, os únicos que ficaram de fora da viagem foram o terceiro goleiro, Michael; o zagueiro Matheus Mancini e o volante Gustavo Blanco (machucado)
PAPAGAIO EM TRATAMENTO
Novo reforço do Atlético, o atacante Papagaio vai demorar um pouco mais para treinar com os companheiros.
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