Jornal Estado de Minas

O gajo é o rei da Liga dos Campeões da Europa

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Cristiano Ronaldo é o nome dele. Rico, bonito, famoso e gênio da bola, ao contrário de alguns jogadores, que se acham. Humilde, trabalhador e disciplinado é o primeiro a chegar aos treinos e o último a sair. Um profissional exemplar. E colhe os frutos de sua dedicação com gols e taças. Já ganhou cinco Champions, quatro delas com o Real Madrid, e uma com o Manchester United, e está em busca da sexta “Orelhuda”, agora vestindo a camisa da Juventus. O mundo se surpreendeu quando o português trocou o Real pela Juve. Um dos motivos que mais pesaram foi o fato de ele ter sido aplaudido por todo o estádio quando atuava pelo time merengue e fez aquele golaço, de bicicleta, eliminando a Velha Senhora.

Ele ficou apaixonado com a torcida e, como já não estava interessado em ficar no time espanhol – os motivos reais nunca vieram à tona –, mudou-se para Turim e vive uma lua de mel com os torcedores. Ontem, fez três gols no jogo decisivo com o Atlético de Madrid e eliminou o adversário que vencera o jogo de ida por 2 a 0.

Nunca se deve duvidar deste craque de bola. Já o vi fazer o chamado hat-trick outras vezes, na própria Champions. Cristiano Ronaldo é genial. E ainda tem idiotas que dizem entender de bola que o chamam de peladeiro. Cristiano Ronaldo e Messi não são desse planeta. Estão anos-luz distantes de qualquer jogador que pretenda se aproximar deles.
Eu sempre disse que Neymar, nosso único craque, teria que comer muito arroz com feijão para chegar aos pés do português e do argentino. Mas nem fazendo isso ele conseguirá seu objetivo. Para ser o melhor do mundo, e ganhar Champions, como protagonista, deveria ter outro comportamento, além de estar num Real ou Barcelona. Como o Barça tem Messi, é impossível.  

Os jogadores brasileiros da atualidade são preguiçosos, treinam pouco e não se dedicam como argentinos e portugueses.  Nunca vi Cristiano Ronaldo aparecer mais nas colunas sociais do que nos gramados. Ao contrário, é nas quatro linhas que ele se destaca e nos enche de orgulho com seu futebol de primeira linha. Graças a ele e a Messi ainda podemos dizer que existe futebol. Há outros grandes jogadores europeus que, é claro, não chegam aos pés desses dois gênios, mas cumprem bem seu papel, tanto em campo quanto no quesito responsabilidade.
Hazard, Pogba, Griezmann, Müller e muitos outros. Entre os brasileiros, somente Neymar. Não podemos negar que ele tem futebol e é diferenciado. Porém, virou um cara tão antipatizado pelos torcedores que só recebo mensagens o detonando. Uma pena, pois o que a gente mais queria era ver Neymar brilhando como Cristiano Ronaldo e Messi. A gente assiste a um jogo da Europa e depois vê Libertadores ou jogos aqui pelo Brasil e percebe que estamos 500 anos atrasados. Assim como não temos saúde, segurança e educação também não temos mais craques e futebol de verdade.

Obrigado, Cristiano Ronaldo, por nos brindar com atuações como a de ontem, que, para você, são recorrentes. Obrigado por mostrar que o verdadeiro futebol não morreu e que ainda podemos ter esperança de dias melhores.

Espero que sua carreira seja muito longeva e que ainda possamos te ver levantar muitas taças.
Você honra o futebol, você é um gênio e nós te idolatramos. Confesso que gostaria que você fosse brasileiro para vestir a amarelinha e nos fazer ganhar outro Mundial.

Você carregou a Seleção Portuguesa na inédita conquista da Eurocopa, em 2016, e carrega qualquer time em que esteja atuando.

Situação complicada
O Galo foi derrotado pelo Nacional do Uruguai por 1 a 0, ontem, em Montevidéu, gol de Bergessio, e complicou sua vida na Libertadores, com duas derrotas em dois jogos. Eu já escrevi e gravei no meu Blog no Superesportes que Levir Culpi é teimoso e me parece um pouco ultrapassado em seus conceitos. Mantém Patric, deixa Chará e Alerrandro no banco e prejudica Ricardo Oliveira, que atua isolado. O Galo terá agora de vencer três partidas e empatar uma se quiser a classificação. Não será fácil, mas precisa ganhar do Zamora, no Mineirão e na Venezuela, devolver a derrota ao Nacional e, no último jogo, contra o Cerro, talvez um empate o classifique, dependendo de como ficará a tabela até lá. Um péssimo começo para uma equipe que se superou e conseguiu entrar na fase de grupos. Uma pena que o futebol do alvinegro seja tão fraco e aquém do esperado.

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