O empate em casa do América contra o Guarani, na quarta-feira, da forma como aconteceu – vencia por 2 a 0 e sofreu o empate – serviu para que o técnico Givanildo Oliveira ligasse o sinal de alerta. No entender do treinador, o time falhou defensivamente novamente e isso não poderia acontecer.
Por esse motivo, ontem, na reapresentação, os jogadores tiveram uma longa conversa com o treinador que chamou a atenção do grupo, principalmente pela desatenção da defesa nos gols do Guarani – o primeiro de cabeça, marcado pelo zagueiro Elder, depois de cobrança de escanteio, e o segundo de outro zagueiro, Paulão, quando a defesa parou e ficou olhando uma sobra de bola após defesa do goleiro Fernando Leal. Sem ser incomodado, o jogador do Guarani só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes.
As falhas foram uma constante nos dois últimos jogos. No clássico contra o Atlético, no terceiro gol, o zagueiro Sabino marcou de maneira errada, cercando o fundo de campo em vez de cercar Chará. A consequência: foi driblado facilmente e veio o gol da vitória atleticana. O problema aliás, é antigo. Ano passado, quando Aderlan ainda estava no clube, no jogo contra o Grêmio ele errou a marcação de Everton da mesma maneira, marcando o fundo, e, ao sofrer o drible, cometeu pênalti. O Coelho vencia por 1 a 0 e com o empate do time gaúcho perdeu pontos preciosos, que fizeram falta no final do Brasileiro, quando acabou rebaixado.
O que irritou Givanildo não foi nem tanto o primeiro gol adversário, mas o segundo, pois houve um chute de fora da área, Fernando Leal defendeu com dificuldade, soltando a bola, mas não apareceu nenhum defensor para tirá-la e o zagueiro do Guarani entrou livre para marcar. “Foi uma desatenção muito grande, que não pode acontecer.”
Embora a marcação do jogo contra a Caldense para segunda-feira tenha desagradado à diretoria do América, o técnico Givanildo gostou. “Assim, teremos mais tempo para recuperar os contundidos. No nosso caso, o Juninho, com uma torção na perna direita, e o Neto Berola, com problemas musculares. Ganhamos mais um dia.”