O VAR tem sido ridicularizado pelos péssimos árbitros brasileiros
De cara, serei grosseiro nesta coluna: não sou atleticano, nem cruzeirense. Portanto, não me encham a p.... do saco com comentários apaixonados e sem razão. Vou analisar aqui o pênalti, claríssimo, de Dedé em Igor Rabello que o árbitro carioca Wagner do Nascimento fez questão de ignorar e não consultar o VAR. Recebi mensagens de cruzeirenses dizendo que todo o ataque do Galo estava impedido, no lance. Não importa. A obrigação do árbitro era consultar o VAR, analisar a jogada, ver a penalidade e se havia mesmo impedimento no tal lance. No gol do Fred, ele consultou o árbitro de vídeo e chegou à conclusão de que o atacante azul tocara a bola com o braço. O que eu questiono é o fato de o árbitro usar um peso e duas medidas. O senhor Wagner do Nascimento apitou o final do jogo de domingo mesmo com o último lance sendo duvidoso, sem pedir o auxílio do VAR. E, só para refrescar a memória dos torcedores, foi esse mesmo árbitro quem anulou um gol de Pedrinho, do Corinthians, na decisão da Copa do Brasil, ao consultar o árbitro de vídeo e apontar falta no zagueiro Dedé. Eu não diria que ele é tendencioso, mas é muito ruim. Erra até com o auxílio da tecnologia. E outra coisa: recebi várias mensagens dizendo que houve várias penalidades para os dois lados. Se formos discutir paixão e emoção, não sairemos do lugar.
A arbitragem brasileira é caótica sob todos os aspectos. Há muito é ridicularizada no mundo inteiro. O pior, no meu ponto de vista, é ver ex-árbitros que inverteram títulos, com erros crassos, durante a carreira comentarem arbitragem em televisão. E o mais ridículo ainda é vê-los analisar de forma equivocada, mesmo depois de ver e rever os lances. É uma grande piada mesmo. Carlos Eugênio Símon e Sandro Meira Ricci são duas aberrações. E estão ganhando dinheiro para continuar errando nas avaliações, só que, agora, com 50 câmeras à disposição. Felizmente, os jovens de hoje não veem mais televisão. Têm tudo nos smartphones para não perder tempo com Globo e outras emissoras que fazem lavagem cerebral no povo. Por isso, a audiência está cada vez mais baixa. Comentaristas fracos, programas ridículos, sem a menor qualidade.
Eu acredito que o VAR chegou para ser um instrumento de elucidação, para minimizar os erros da arbitragem. Porém, aqui no Brasil, estão banalizando-o. Vi, numa partida do Palmeiras, o jogador Dudu pedir VAR em cobrança de lateral. Ridículo. Os caras entram em campo e não conhecem sequer o que determina o uso do dispositivo. Vimos, na Copa do Mundo da Rússia, a atuação do árbitro de vídeo de forma perfeita e correta. Não houve a demora que há por aqui. No máximo em um minuto tudo foi resolvido. Aqui, demora-se cinco minutos para tomar a decisão e, muitas das vezes, equivocada. O Brasil é motivo de chacota em vários aspectos, e no futebol não é diferente. Nossa arbitragem é vergonhosa e mal preparada há décadas.
Há tempos, vemos disputas entre jogadores na área com um agarrando o outro. Se o árbitro for dar pênalti, ou consultar o VAR a todo instante, não teremos mais futebol (soccer), e sim o futebol americano. E, para fechar, quem me garante a idoneidade de um árbitro de vídeo? O cara, atrás das câmeras, tem um time. Quem me garante que ele não será tendencioso na hora de definir um lance? Jamais esqueci da frase dita pelo árbitro, já morto, Armando Marques: “Tem coisa que o árbitro vê, tem coisas que ele não precisa ver”. Talvez aí esteja a explicação para tantos erros crassos que imputamos ao fato de o árbitro ser humano, mas que, na verdade, segundo Marques, é orientação de alguém. Pobre arbitragem brasileira, tão ruim e tão questionada. Já vimos tantos títulos serem decididos pela arbitragem, e tantos árbitros saindo de camburão da polícia dos estádios, que realmente dá para desconfiar da famosa frase dita por aquele que foi considerado um dos maiores árbitros de todos os tempos.
Independência
Conforme antecipei, com exclusividade, a final do Mineiro, jogo de volta, será mesmo no Independência. Foi ali que o Galo ganhou seus principais títulos e é ali que a torcida faz a diferença. Quando o Atlético saiu do Horto para disputar a Libertadores, no Mineirão, eu escrevi aqui e disse no meu blog, no Superesportes, que era um erro, embora entendesse a intenção da diretoria. O Galo está, praticamente, eliminado da Libertadores. Se tivesse jogado no seu terreiro, talvez estivesse disputando uma das duas vagas, com chances de se classificar, embora eu também admita que o técnico Levir Culpi jogou o Galo na lama, com trabalho péssimo, abaixo de qualquer crítica.