Enquanto jogadores, comissão técnica e torcedores do Cruzeiro comemoravam o bicampeonato, um veterano de 35 anos, mais uma vez decisivo, era o único no gramado a festejar o terceiro título do Campeonato Mineiro consecutivamente. Depois de uma temporada difícil em 2018, recuperando-se de lesão, Fred deu a volta por cima e acrescentou ontem mais um troféu ao seu currículo. De quebra, terminou o Estadual como principal artilheiro pela terceira vez na carreira – 14 anos depois de ser o principal goleador pela primeira vez, também com a camisa azul.
“O que mudou (de 2005 para 2019)? Menos força, mais posicionamento, mais maturidade, mas os mesmos gols, assistências e, graças a Deus, conseguindo ser decisivo nos jogos importantes. Fico feliz por isso. Minha terceira artilharia em Minas. Sou mineiro de Teófilo Otoni. Então, é um gosto mais que especial”, disse Fred, artilheiro do Mineiro com 12 gols.
Ontem, a bola chegou pouco para o atacante. Muito em função da boa marcação de Elias e Zé Welison, que inviabilizaram a criação da Raposa pelo meio.
Fred foi muito vaiado pela torcida atleticana, em maioria no estádio, mas, com maturidade, caminhou para a bola e chutou no canto direito de Victor. “É um jogo emocional. Acabei optando por olhar para o Victor, para tentar deslocá-lo. Estas bolas, se você erra, soa como displicente, porque você está olhando para frente. É uma tomada de decisão corajosa que a gente faz e deu certo.”
PENALIDADE Pouco antes da cobrança que sacramentou o 40º título do Cruzeiro, Fred estava perto do lance que originou o pênalti. “Quando o Pedro Rocha deu o tapa (chutou a bola), o Leo foi caindo e bateu no cotovelo dele.
Mesmo assim, Fred criticou o tempo de bola parada em função das análises do árbitro de vídeo. “Se for para parar por um lateral, a gente vai ter 25 minutos de jogo só. Não tem como parar. Estava falando com o Leo, com o Elias: Nós, jogadores brasileiros, e eu me incluo, a gente tem esta malandragem de querer tirar vantagem, pressionar, mas não é só culpa nossa”, afirmou Fred..