Não bastasse a sequência de nove jogos sem vitórias, o fechamento da rodada do Brasileiro empurrou o Cruzeiro para a zona de rebaixamento. A Raposa caiu para a 18ª posição. E a preocupação ronda a comissão técnica liderada por Mano Menezes. Após semanas negando qualquer crise na equipe, o treinador, enfim, admite que precisará fazer mudanças para a retomada do futebol brasileiro ao fim da disputa da Copa América, no Brasil. O último revés ocorreu na quarta-feira, na derrota diante do Fortaleza.
“Vamos encerrando essa parte até a parada para a Copa América, temos que trabalhar, reformular algumas coisas. Já não é mais uma fase. São coisas marcantes, que temos que pensar mais na frente”, prometeu o treinador, sem indicar qualquer mudança que pretende fazer na equipe mineira.
A preocupação se justifica porque o Cruzeiro passou por poucas mudanças em comparação ao time campeão da Copa do Brasil do ano passado. A maior baixa foi o uruguaio De Arrascaeta, contratado pelo Flamengo. Thiago Neves também se tornou desfalque, mas por motivos de lesão. Mas, mesmo com o seu retorno ao time, os resultados não vieram. No início da temporada, para compensar a perda de De Arrascaeta, a diretoria trouxe Rodriguinho e Marquinhos Gabriel.
A nova derrota trouxe maior incômodo por ser diante de um rival que acabou de voltar para a Primeira Divisão e por ser contra um adversário direto na briga para se afastar da zona de rebaixamento. A sequência recente preocupa também em razão do contraste em comparação aos primeiros meses do ano, quando o Cruzeiro foi campeão mineiro e registrou a segunda melhor campanha na fase de grupos da Copa Libertadores.
Após a derrota de quarta-feira, o grupo ganhou folga até o dia 23. No dia seguinte, vai se reapresentar para a retomada dos trabalhos, o que deve incluir dois amistosos.
Protesto Ontem à tarde, membros da torcida organizada Máfia Azul fizeram uma manifestação em frente à sede administrativa do clube, no Bairro Barro Preto, cobrando resultados do time e ações da diretoria.