A camisa da Seleção Brasileira não é predominantemente verde, mas o uniforme dos pentacampeões é uma espécie de kryptonita contra o super-herói do Peru. Aliado de Tite na era dourada do Corinthians, o autor do gol do título mundial do time paulista jamais balançou a rede do Brasil.
Artilheiro da Copa América em 2011 e em 2015, o centroavante enfrentou a Seleção pela primeira vez em 2007, nas Eliminatórias para a Copa de 2010. A partida terminou empatada por 1 a 1, em Lima. Em 2015, passou em branco na Copa América do Chile e perdeu o confronto por 2 a 1, em Temuco. Um ano depois, o Peru eliminou o Brasil, em Boston, na edição centenária do torneio, mas o carrasco da queda de Dunga foi Ruidiaz.
Tite enfrentou Guerrero em Lima, nas Eliminatórias para a Copa da Rússia. Além de deter o camisa 9, saiu de lá com três pontos ao superar os donos da casa por 2 a 0. Quarto maior artilheiro do Itaquerão, com 15 gols em 27 jogos, Guerrero sabe que será marcado por Marquinhos e Thiago Silva amanhã, mas mandou recado para Tite na terça-feira, após bela exibição contra a Bolívia, no Maracanã. “Não põe um cara para me seguir, né?”, riu.
Depois, admitiu a dificuldade. “Vai ser muito bom matar a saudade e voltar a jogar na Arena. Joguei muitas vezes lá. Mesmo sem o Neymar, o Brasil tem jogadores de alto nível. Vamos nos preparar”, disse após a vitória por 3 a 1 sobre a Bolívia.
DÚVIDA Na manhã de ontem, o técnico Ricardo Gareca comandou treino no Pacaembu. Com material humano bem mais escasso do que Tite, o time dele só tem uma dúvida. O zagueiro Carlos Zambrano sentiu dor muscular e não participou da atividade. A tendência é que o time jogue com: Gallese; Advíncula, Araujo (Zambrano), Abram e Trauco; Tapia, Yotún, Polo e Farfán; Cueva e Guerrero.