Jornal Estado de Minas

Criação em alta



A busca pelo equilíbrio, tão enfatizada pelo técnico Rodrigo Santana, começa a dar resultados no Atlético. A vitória por 2 a 0 no clássico diante do Cruzeiro fez a equipe aumentar para sete jogos a sequência de invencibilidade pós-Copa América e para quatro partidas sem levar gol. Dentro desse sistema de engrenagem, a comissão técnica comemora o crescimento dos jogadores de criação: Cazares, Vinicius e Nathan tiveram participação importante para o triunfo no clássico do fim de semana.

De volta depois de se recuperar de conjuntivite, Cazares foi a surpresa do treinador ao ser escalado na vaga do venezuelano Otero. O camisa 10 apareceu em finalizações no gol de Fábio e foi determinante na roubada de bola que deu início à jogada do primeiro gol alvinegro, marcado por Vinicius. Antes do clássico, o último jogo do equatoriano foi o empate por 2 a 2 com o Fortaleza, no Horto. Ainda em condições físicas longe do ideal, ele foi poupado diante dos celestes, sendo substituído por Geuvânio no segundo tempo.

Rodrigo Santana elogiou o comportamento do armador gringo mesmo quando não estava 100%: “A gente vai tentando encaixá-los de uma forma boa. O Cazares havia retornado da conjuntivite. A gente sabia que ele não ia aguentar os 90 minutos, que ia sentir um pouquinho, mas foi importante no clássico”.
 
ELES EM 2019

 
Se Cazares ganhou destaque em um único jogo, Vinicius comemora a sequência de partidas como titular, algo inédito desde que chegou ao Galo.
O ex-jogador do Bahia já havia sido fundamental com gols nos duelos decisivos com o Botafogo, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, e agora coloca boa dor de cabeça para o treinador atleticano. Ele chegou aos sete em 2019. Tanto é que o comandante alvinegro não vê problema em escalar juntos o armador ao lado de Cazares nos próximos jogos.

Autor do segundo gol atleticano no clássico, o reserva Nathan também se coloca como opção na equipe. O jogador ficou algumas partidas esquecido por ter ficado sem contrato e demorou a ser usado por Rodrigo Santana mesmo depois de ter o empréstimo com o Chelsea prorrogado até dezembro. O armador alega que não diminuiu o ritmo de preparação, apesar de ter poucas chances: “O trabalho do dia a dia que vinha sendo feito foi recompensado. Agradeço à comissão técnica, aos preparadores físicos, que ficavam comigo após o horário fazendo um trabalho à parte para manter o 100% da forma física e o ritmo. Fico feliz com a oportunidade e a vitória representa muito para gente”.

MAIS CHANCES Ele chegou aos três gols pelo Atlético – já havia marcado na vitória sobre o Ceará por 2 a 1, em Fortaleza, antes da Copa América.
O treinador acredita que o atleta poderá ganhar minutos em campo nas partidas seguintes: “Nathan é um jogador que demorou um pouco mais para retornar para a intertemporada. Estava em negociação. É um jogador que tem um condicionamento físico muito forte e muito técnico. Ele vem treinando muito bem e no momento certo ia colocá-lo. Quando o Vina sentiu, não poderia colocar outro volante para não chamar o adversário, que é muito forte, para dentro do meu campo, uma vez que eles estavam com duas referências e muitos jogadores de construção. Então, escolhemos o Nathan, que era para fazer um jogo mais reativo, para aproveitar o contra-ataque”.

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