Jornal Estado de Minas

BOLA DE OURO

Messi e Rapinoe os melhores. De novo


O argentino Lionel Messi e a norte-americana Megan Rapinoe foram os protagonistas da festa de premiação da Bola de Ouro, promovida pela revista francesa France Football, ontem, no Théâtre du Châtelet, em Paris. Enquanto o astro do Barcelona conquistou seu sexto troféu (2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019) – isolando-se como maior vencedor, com uma conquista a mais que o português Cristiano Ronaldo –, a estrela da Seleção dos Estados Unidos ganhou pela primeira vez a honraria, que começou a ser concedida às mulheres apenas no ano passado, quando a vencedora foi a norueguesa Ada Hegerberg.





Aos 32 anos, Messi deixou para trás, na tradicional eleição, além de Cristiano Ronaldo, Virgil van Dijk e Sadio Mané, dois jogadores do Liverpool que venceram a Liga dos Campeões. O argentino sucede ao croata Luka Modric (do Real Madrid), Bola de Ouro em 2018. “Quero agradecer pelo prêmio aos jornalistas que votaram em mim e a meus companheiros que permitiram que eu ganhasse”, disse Messi em seu discurso. “Há 10 anos, recebi minha primeira Bola de Ouro em Paris. Vim com meu irmão, tinha 22 anos e achava que tudo aquilo que eu estava vivendo não se repetiria... E agora tenho seis”, acrescentou.

Apesar de declarar que “não se pode nunca deixar de sonhar, de trabalhar, de desfrutar jogando futebol”, o camisa 10 do Barça deixou escapar que projeta o momento de pendurar as chuteiras: “Eu me sinto abençoado e espero seguir durante muito tempo. Acho que ainda tenho lindos anos pela frente, embora a aposentadoria se aproxime”.

O brasileiro Alisson, de 27,  jogador do Liverpool, foi escolhido o melhor goleiro da temporada, levando o Troféu Yashin. Na lista de indicados também estavam Kepa Arrizabalaga (Chelsea), seu compatriota Ederson (Manchester City) e Hugo Lloris (Tottenham), capitão da Seleção Francesa campeã do mundo.




Já a jogadora norte-americana, que não pôde ir à festa em Paris, gravou um vídeo (no detalhe) agradecendo (foto: FRANCK FIFE/AFP)

ATIVISTA

Já Megan Rapinoe, uma das capitãs da Seleção dos EUA campeã do mundo em julho deste ano e ícone da luta pelos direitos LGTB e da igualdade de direitos entre homens e mulheres, não compareceu à cerimônia, mas deixou uma mensagem de agradecimento em um vídeo: “Não posso acreditar que ganhei. Vivemos um ano formidável”.

Jogadora de Seattle, de 34, ela foi eleita melhor jogadora da Copa do Mundo da França e terminou o torneio como uma das artilheiras. Nos últimos tempos, se tornou um ícone de oposição ao presidente americano, Donald Trump. Dona de personalidade forte, Rapinoe é, também, um dos símbolos da luta femininsta nos gramados.


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