No início do ano, o Atlético protagonizou fracassos em torneios eliminatórios. Na Copa do Sul-Americana, caiu diante do Unión Santa Fe, da Argentina, logo na primeira fase. Na Copa do Brasil, deu vexame ao perder nos pênaltis para o Afogados de Pernambuco, na segunda fase. Com a subvalorização do Campeonato Mineiro, do qual é terceiro colocado, com 18 pontos em nove rodadas, o alvinegro tem como objetivo principal em 2020 brigar pelo título do Brasileiro, ainda sem data para começar devido à pandemia do novo coronavírus.
Enquanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avalia junto às autoridades de saúde o momento ideal de retomar as competições, a diretoria alvinegra se movimenta no mercado da bola para reforçar o time conforme as necessidades apontadas pelo técnico Jorge Sampaoli. Em entrevista ao Superesportes e ao Estado de Minas, o presidente Sérgio Sette Câmara considerou o elenco ainda em um estágio inferior aos dos dois grandes favoritos, Flamengo e Palmeiras, porém com potencial evolutivo nos treinamentos conduzidos pelo treinador argentino.
“Acredito que ainda não estamos no mesmo nível. Primeiro, temos de ver se vamos encaixar. Segundo, esses times têm elencos que estão jogando juntos há mais tempo, estão em outro patamar. Acredito que temos de remar um pouco ainda para chegar ao nível deles. Estamos tentando acelerar esse processo, até porque o Atlético tem um número razoável de dias que está treinando. Mas alguns jogadores só vão chegar no início de julho, então terão um mês para se condicionar e treinar. Sabemos que esse entrosamento só vem com os jogos, por isso estamos correndo atrás desses clubes que você citou”.
Na opinião de Sette Câmara, o Atlético pode adquirir vantagem sobre os concorrentes pelo fato de focar exclusivamente no Campeonato Brasileiro, enquanto equipes cotadas para o título teriam de dividir as atenções com Copa Libertadores, Sul-Americana e Copa do Brasil.
“Com relação à questão do Brasileiro, diria a você que se houver a volta dos campeonatos da Conmebol, a Libertadores e a Sul-Americana, aí sim o Atlético pode ter uma vantagem, pois o calendário vai ficar apertado para os times que estão competindo na Libertadores e na Sul-Americana. Eles vão ter de fazer opção por fazer algumas partidas com o time reserva, misto ou alternativo”.
O mandatário lembrou 2019, quando o Galo iniciou bem o Brasileiro, com 27 pontos nas 14 primeiras rodadas (oito vitórias, três empates e três derrotas), e “escorregou” no returno ao priorizar a Copa Sul-Americana. A equipe foi eliminada pelo Colón, da Argentina, na semifinal. Na Série A, com Vagner Mancini no lugar de Rodrigo Santana nas últimas 11 rodadas, ficou em 13º lugar, com 48 pontos.
“Isso aconteceu com a gente no ano passado e nos comprometeu na reta final do Campeonato Brasileiro. Abrimos mão de alguns jogos do Brasileiro, usando um time alternativo, que não performou. Isso nos prejudicou na tabela de pontuação. Se isso vier a acontecer no segundo semestre, nossa chance aumenta”.
O trabalho anterior de Jorge Sampaoli foi citado como referência por Sette Câmara. Concentrado exclusivamente no Brasileiro, o Santos conseguiu um honroso segundo lugar, com 74 pontos, mesmo com o treinador criticando constantemente a qualidade do elenco. “Teve excelente performance no ano passado porque estava fora dos demais campeonatos, focando apenas no Brasileiro”, avaliou o presidente.
Contratações
Na chegada ao Atlético, no início de março, Sampaoli entregou uma lista de reforços ao diretor de futebol Alexandre Mattos. Até o momento, cinco contratações foram fechadas: o zagueiro Bueno (Kashima Antlers, do Japão), os volantes Léo Sena (Goiás) e Alan Franco (Independiente del Valle), e os atacantes Marrony (Vasco) e Keno (Pyramids, do Egito).
A tendência é de que o clube busque mais dois jogadores nos próximos dias: um defensor e um atleta para o setor ofensivo. Uma das negociações em andamento é para a contratação do zagueiro paraguaio Junior Alonso, de 27 anos, que pertence ao Lille, da França, e defendeu o Boca Juniors da Argentina por empréstimo.
Em 2019, Flamengo e Palmeiras contabilizaram as maiores receitas do futebol brasileiro - R$ 950 milhões e R$ 642 milhões, respectivamente. Na edição anterior do Brasileiro, o rubro-negro se sagrou campeão com muita folga ao somar 90 pontos, graças à combinação entre o modelo de jogo implantado pelo técnico português Jorge Jesus e as aquisições de atletas como Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta, Gerson, Filipe Luís e Rafinha. Já o Verdão, impulsionado pelo sócio-torcedor e o patrocínio da Crefisa, faturou recentemente os títulos de 2016 e 2018.
Para encarar a superioridade financeira dos adversários, o Atlético, que arrecadou R$ 354 milhões no ano passado, conta com o aporte financeiro de dois patrocinadores: o banco BMG, do ex-presidente Ricardo Guimarães, e a construtora MRV, do conselheiro Rubens Menin.
A tendência é de que o clube busque mais dois jogadores nos próximos dias: um defensor e um atleta para o setor ofensivo. Uma das negociações em andamento é para a contratação do zagueiro paraguaio Junior Alonso, de 27 anos, que pertence ao Lille, da França, e defendeu o Boca Juniors da Argentina por empréstimo.
Finanças
Em 2019, Flamengo e Palmeiras contabilizaram as maiores receitas do futebol brasileiro - R$ 950 milhões e R$ 642 milhões, respectivamente. Na edição anterior do Brasileiro, o rubro-negro se sagrou campeão com muita folga ao somar 90 pontos, graças à combinação entre o modelo de jogo implantado pelo técnico português Jorge Jesus e as aquisições de atletas como Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta, Gerson, Filipe Luís e Rafinha. Já o Verdão, impulsionado pelo sócio-torcedor e o patrocínio da Crefisa, faturou recentemente os títulos de 2016 e 2018.
Para encarar a superioridade financeira dos adversários, o Atlético, que arrecadou R$ 354 milhões no ano passado, conta com o aporte financeiro de dois patrocinadores: o banco BMG, do ex-presidente Ricardo Guimarães, e a construtora MRV, do conselheiro Rubens Menin.
A entrevista
Sérgio Sette Câmara concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes e ao Estado de Minas. Na conversa, o presidente do Atlético falou sobre finanças, contratações, política, relação com o técnico Jorge Sampaoli, Arena MRV, rivalidade com o Cruzeiro e temas variados. Outras reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias. Veja o que já escrevemos: