O Atlético contou com auxílio do banco BMG e da construtora MRV para pagar 3 milhões de euros - cerca de R$ 20 milhões - pela contratação do atacante Marrony. O jovem de 21 anos, que marcou 11 gols em 84 jogos pelo Vasco, é tratado pelo presidente Sérgio Sette Câmara como investimento para o futuro, pois tem condições de representar a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e consequentemente encher o cofre alvinegro em uma eventual transferência.
“É um jogador que se vier a fazer um bom Campeonato Brasileiro pode estar indo para a Olimpíada e valer 7, 8, 10 ou 12 milhões de euros”, disse Sette Câmara, em entrevista ao Superesportes e ao Estado de Minas.
Nesse cenário, o Galo devolveria os 3 milhões de euros investidos por BMG e MRV e ficaria com um “lucro exorbitante” em uma possível negociação de Marrony.
“Estamos fazendo uma engenharia inteligente e interessante, graças à ajuda desses atleticanos abnegados”, frisou o mandatário, referindo-se ao ex-presidente do clube, Ricardo Guimarães, e aos conselheiros Rubens e Rafael Menin.
O Atlético comprou 80% dos direitos econômicos de Marrony - 56% do Vasco (mantém 14%), 14% do Volta Redonda (fica com 6%) e 10% de um empresário. O contrato do jogador é válido por cinco anos.
Com 1,84m de altura, o atleta usa preferencialmente o pé esquerdo para conduzir a bola, driblar e chutar. A tendência é que o técnico Jorge Sampaoli o escale pelo lado direito, de modo que tenha mais facilidade em trabalhar jogadas por dentro.
Além do ex-jogador do Vasco, o Galo contratou sob o comando de Sampaoli o zagueiro Bueno (Kashima Antlers, do Japão), os volantes Léo Sena (Goiás) e Alan Franco (Independiente del Valle), e o atacante Keno (Pyramids, do Egito).
O objetivo da diretoria é montar um time que brigue pelo título do Campeonato Brasileiro com os favoritos Flamengo e Palmeiras. O fato de o Atlético se dedicar basicamente à Série A é um ponto favorável, segundo Sette Câmara.
“Diria a você que se houver a volta dos campeonatos da Conmebol, a Libertadores e a Sul-Americana, aí sim o Atlético pode ter uma vantagem, pois o calendário vai ficar apertado para os times que estão competindo na Libertadores e na Sul-Americana”.
O objetivo da diretoria é montar um time que brigue pelo título do Campeonato Brasileiro com os favoritos Flamengo e Palmeiras. O fato de o Atlético se dedicar basicamente à Série A é um ponto favorável, segundo Sette Câmara.
“Diria a você que se houver a volta dos campeonatos da Conmebol, a Libertadores e a Sul-Americana, aí sim o Atlético pode ter uma vantagem, pois o calendário vai ficar apertado para os times que estão competindo na Libertadores e na Sul-Americana”.
A entrevista
Sérgio Sette Câmara concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes e ao Estado de Minas. Na conversa, o presidente do Atlético falou sobre finanças, contratações, política, relação com Sampaoli, Arena MRV, rivalidade com o Cruzeiro e temas variados. Outras reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias. Veja o que já escrevemos:
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