O presidente Sérgio Santos Rodrigues repetiu que, durante sua gestão, as dívidas do Cruzeiro não resultarão em perda de pontos ou queda à Série C do Campeonato Brasileiro. Segundo o mandatário celeste, a diretoria mantém negociações com o Al Wahda, dos Emirados Árabes, para solucionar o débito de 850 mil euros (quase R$ 5,5 milhões) referentes ao não pagamento do empréstimo do volante Denilson. Processo que tramita na Fifa sobre o caso tem como uma das possíveis sanções o rebaixamento na competição nacional.
Sérgio Rodrigues disse que o problema não é de “curtíssimo prazo” e cogitou, inclusive, liberar jogadores do atual elenco ao Al Wahda como forma de abater a dívida. Segundo o presidente, os árabes já demonstraram interesse em contratar atletas do Cruzeiro, mas não citou nomes.
“Este é um problema latente, que existe, mas não é de curtíssimo prazo. A gente trabalha bastante com planejamento aqui dentro. Não vamos ser pegos de surpresa com nada. Isso aí já está dentro do nosso escopo, da forma de pagamento que a gente pretende fazer”, disse, em transmissão ao vivo na tarde desta quinta-feira, no canal oficial do clube no YouTube.
“Continuamos de forma paralela negociando com o Al Wahda. Chegaram até a manifestar interesse em atletas nossos. Então, tenho certeza que isso vai ser resolvido, vai ser equalizado. Eu prometi isso lá atrás e pode ter certeza: o Cruzeiro não perde pontos e não será rebaixado na nossa gestão de forma alguma por causa de dívida financeira. Pode ter certeza disso”, completou.
Suspensão de processo
Na tarde desta quinta-feira (24), por meio de nota, o Cruzeiro divulgou que conseguiu suspender um recurso feito pelo Al Wahda, que colocava como eventuais punições ao clube a perda de mais 6 pontos e um consequente rebaixamento à Série C. Desta forma, a Raposa ganha tempo para aguardar o julgamento, que deverá acontecer apenas em 2021 na Corte Arbitral do Esporte.
Perda de pontos
Denilson foi contratado em 2016, por empréstimo. Se não quitar o débito – em prazo ainda não definido –, o Cruzeiro pode até ser rebaixado à Terceira Divisão. O clube entrou com recurso e conseguiu evitar a queda imediata à Série C.
Por causa do calote dessa mesma dívida, o Cruzeiro começou a Série B com menos 6 pontos. A Fifa exigiu a punição em 19 de maio, quando venceu ao débito. À época, o clube era administrado pelo Conselho Gestor.